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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Alumínio — da curiosidade à versatilidade

   EM 1821, perto da comunidade francesa de Les Baux, um químico apanhou um mineral duro, semelhante à argila, de coloração avermelhada. Chamado de bauxita por causa do povoado, resultou apresentar uma porcentagem de 52 por cento de alumina. Mas, talvez pergunte, o que é alumina? É o alumínio combinado com o oxigênio, ou óxido de alumínio. Durante anos, esta substância duríssima resistiu a todos os empenhos de reduzi-la a seus componentes. Não foi senão em 1827 que as primeiras gotículas do metal foram extraídas por um processo químico dificílimo e custoso. Não é de se admirar, então, que há cem anos atrás o alumínio fosse mera curiosidade, muito embora seja o terceiro elemento mais abundante da crosta terrestre. Era muito caro, mas com o passar do tempo e com o esforço de cientistas, encontraram-se formas mais econômicas de obtê-lo.


A Matéria Prima

   Embora a bauxita seja a matéria básica da produção de alumínio, todavia, também são necessários outros minerais e substâncias. Mas, primeiro, observaremos como a bauxita é reduzida a alumina pura. As operações de mineração a céu aberto, usando-se enormes escavadeiras elétricas retiram o minério de seu leito de milhares de anos. Duas toneladas de minério são necessárias para se extrair uma tonelada de alumina.
Assim, o minério passa por um processo de redução intermediário antes de ir para a fundição. A bauxita é tratada com uma solução quente de soda cáustica, resultante da combinação de carbonato de sódio e cal. Isto faz que a alumina se transforme em solução, ao passo que as impurezas tais como a sílica, o óxido de ferro e o óxido de titânio se depositam como lama avermelhada. O líquido filtrado então se assenta em grandes tanques de precipitação onde a alumina, quimicamente combinada com a água, se cristaliza. Tais cristais são enviados através de grandes cubas rotativas, aquecidas a 1.100° C. para afastar todas as moléculas de água, deixando a branca alumina pulverulenta pronta para despacho. Das cubas de estocagem ou longas pilhas sobre o solo, correias de transporte movem a alumina para os porões de navios que a aguardam para transporte para as fundições.
   Nas fundições, a alumina é combinada com outra matéria prima — a criolita. Este mineral, de cor branco-azulada, cujo pó é praticamente invisível na água, é minerado na Groenlândia, onde os esquimós se referem a ele como “o gelo que não se derrete no verão”. Também é produzido sinteticamente na Alemanha. Cientistas descobriram ser isso, a chave para abrir o vasto manancial terrestre deste metal. Estabeleceram que a criolita fundida dissolveria o duro óxido de alumínio e, então, por atravessar pela solução fundida poderosa corrente elétrica, o alumínio se separaria do oxigênio, permitindo que o metal puro se assentasse no fundo do vaso. Assim, nasceram “cubas” eletrolíticas para a produção de alumínio.
   Para a produção em larga escala de alumínio fundido, muitas “cubas” são necessárias, sendo colocadas em “filas de cubas”. Nas fundições da Companhia de Alumínio do Canadá, algumas são feitas de aço de uma polegada, com cerca de nove metros de comprimento, três e sessenta de largura e um e vinte de fundo. Acham-se revestidas de carvão que se torna o cátodo (pólo negativo) da célula, ao passo que o cátodo (pólo positivo) é uma mistura de coque de petróleo e piche. Este composto, colocado em receptáculos retangulares de alumínio ou de aço, é pendurado acima da “cuba”. O equipamento de controle abaixa progressivamente este tipo contínuo de anódio substituível na “cuba”, à medida que se funde a si mesmo e é usado na solução fundida de alumina e criolita. É interessante que este material é devorado na proporção de mil libras para cada tonelada de metal produzido.
   A fluorita da Terra Nova é outro importante ingrediente, bem como outros materiais ao redor do globo. As matérias primas adicionadas para a produção de uma tonelada de alumina pura atingem sete toneladas. Assim, a produção ininterrupta exige um arranjo bem organizado de transporte para se assegurar que todo o material necessário esteja disponível no tempo exato e no local exato. Por exemplo, materiais que encheriam 250 vagões são consumidos cada vinte e quatro horas pelas caldeiras no Vale Saguenay de Quebeque.



O Papel da Eletricidade


   Tenha em mente que a bauxita é usualmente minerada em terras pouco elevadas da zona tropical ou semitropical. Por conseguinte, a matéria prima mais importante necessária — a abundância de energia elétrica barata — raramente se encontra próxima do depósito do minério. Em resultado disso, a alumina tem de ser transportada para o local da energia. Isto é o que tornou o Canadá, com seus abundantes suprimentos de barata energia elétrica, um local natural para algumas das maiores fundições de alumínio do mundo.
   Se mantiver acesa uma lâmpada comum de 25 watts durante duas semanas, a eletricidade usada equivaleria à quantidade exigida para a produção de uma libra ou quase meio quilo de alumínio.

Fabricação

   O produto final é leve, resistente a corrosão e maleável, sendo muito usado em diversas áreas da indústria. A natureza proteica do metal é ainda mais destacada por sua agradável aparência e por ser eficiente condutor tanto de calor como de eletricidade. Assim, venha agora e observe como esta substância interessante se transforma em alguns dos aparelhos úteis que se tornaram comuns em nosso mundo moderno.
   Pode se tornar a superestrutura de um transatlântico ou a “pele” de um jato intercontinental. Como rolo, talvez o esteja usando em sua cozinha para inúmeros fins, ou o retire de sua barra de chocolate favorito. Mas, isso não é tudo.

   Talvez resida em Londres, Inglaterra, e viaje diariamente pelo “subterrâneo”. Seu confortável trem é feito de alumínio. Ou, uma viagem recente pela Espanha foi feita no famoso “ACT-Talgo”, das Ferrovias Espanholas. Ligas de alumínio contribuíram para sua agradável viagem. Na América do Norte, as ferrovias usam cada vez mais esse metal que certa vez era apenas curiosidade. Vagões frigoríficos, gôndolas, vagões de carga ou vagões-tanques, todos feitos de alumínio, alinham-se em trens de mais de um quilômetro e meio de extensão. Nas rodovias do mundo, o metal é usado em caminhões, ônibus, carros-reboques e até mesmo em seu próprio automóvel. Muitos dos ascendentes arranha-céus das grandes cidades do mundo têm o frontispício recoberto, ou contém painéis de folhas de porcelana esmaltada ou reluzentes de ligas de alumínio.
   Do Equador aos pólos e por toda a terra, encontram-se cada vez mais utilizações deste metal campeão do peso leve. Mais de dois quilos e oitocentas gramas de alumínio encimam o famoso Monumento a Washington, fornecendo-lhe não só bonita cobertura prateada, mas também protetor condutor de eletricidade. Sistemas portáteis de irrigação, feitos de alumínio, são usados nas plantações de café no Brasil e nas fazendas de açúcar de beterraba na parte meridional de Alberta. Mais de onze milhões de quilômetros de linhas de transmissão cruzam os países do mundo, transportando a vital energia elétrica para as cidades e as fábricas, por meio de condutores de alumínio reforçados com aço. Em muitos casos, estes são pendurados agora em torres de alumínio. Até mesmo casas de oito cômodos, com duas varandas, tendo um peso total de apenas pouco mais de mil quilos, estão sendo pré-fabricadas à base deste metal de muitas utilizações.
   Seria possível prosseguir interminavelmente, descrevendo os produtos de milhares de fábricas que produzem tudo, desde grampos de cabelo a cadeiras de estar, e de barris de cerveja a instrumentos portáteis do carpinteiro e do mecânico! Sim, o alumínio não mais e uma curiosidade, mas é um dos mais versáteis metais conhecidos pelo homem, razão de este ser grato ao Grandioso Criador, que primeiro o depositou na crosta da terra.


Texto baseado na Revista Despertai! de 8 de fevereiro pp. 18-21

Imagens: Google




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Como proteger as criancinhas de acidentes

   Os acidentes não ocorrem por acaso. Cada um é provocado por algo. Podem ocorrer em qualquer parte e a qualquer hora. Quando alguém foi descuidado, pode acontecer um acidente. A questão é: O que pode ser feito para evitar a maioria deles?
   É bom saber que muitos acidentes com crianças ocorrem entre as 16 e 20 horas durante a semana. Nos fins-de-semana, as primeiras horas da manhã são perigosos períodos. Muitos pais dormem até mais tarde nesses dias e as crianças talvez fiquem livres para ficar andando e meter-se em dificuldades. Os pais cônscios destas tendências podem fazer arranjos de canalizar as energias dos filhos para atividades construtivas nestas horas.
   Outra ajuda é saber por que ocorrem a maioria dos acidentes. Tem-se verificado que a criança inclinada a ser acidentada é usualmente ativa demais, inquieta, impulsiva e insegura. A criança que não sofre acidentes é geralmente mais tímida, submissa e, usualmente, provém dum grupo familiar mais intimamente unido. Parece também que os “simples” eventos e dificuldades cotidianos provocam a maioria dos acidentes: pequena enfermidade de um membro da família; um genitor cansado demais, ansioso ou distraído; um jovem preocupado, tenso ou muito faminto. Estes e outros incidentes fixam o palco para muitos acidentes.

Perigos Para os Infantes

* Bebês de colo: 

QUEDAS: Milhões de criancinhas são feridas todo ano devido a quedas na casa e próximo a ela. As quedas de camas de adultos representam alta porcentagem de graves ferimentos em bebês, os meninos sendo mais suscetíveis que as meninas. Até mesmo berços, considerados o lugar mais seguro para os bebês podem conter perigos ocultos. Contém o seu? Estão as grades sempre colocadas, de modo que o bebê não possa cair? Estão acolchoadas as barras do berço para evitar ferimentos na cabeça, e estão espacejadas de tal forma que não possa ficar com a cabeça presa nelas?

QUEIMADURAS E AFOGAMENTOS: As mães experimentam primeiro a temperatura do banho do bebê antes de lavá-lo, e seu leite antes de alimentá-lo. Compreendem o perigo de algo quente demais externa ou internamente. Todavia, certas mães, ao passo que evitam queimar os bebês, expõem-no ao afogamento. Muitos bebes ficam sozinhos na banheirinha, e em tenra idade. Parece não haver qualquer motivo válido para se deixar um bebê sozinho na água, até mesmo por um minuto. Para evitar quaisquer destes incidentes, muitas mães levam os bebês sempre que têm de atender o telefone ou à campainha da porta.

SUFOCAMENTO E ENGOLIR OBJETOS ESTRANHOS: Deve-se tomar cuidado para evitar que o bebê seja sufocado no berço por roupa de cama, sacos plásticos ou travesseiros. Também, uma das primeiras e primárias funções dum bebê — a de engolir — pode ser perigosa. Pequenos objetos, tais como alfinetes; contas, botões e instrumentos pontiagudos devem sempre ficar longe do alcance do bebê. Nenhum chocalho ou outro brinquedo deve ser menor do que a sua boca. Uma vez que o bebê se apodere de algo, o próximo passo que dará será chupá-lo e então engoli-lo se puder. Já não lhe aconteceu de estender seu dedo para um bebê, apenas para vê-lo segurá-lo firmemente e prontamente levá-lo à boca? Então, imagine só se seu dedo fosse algum objeto prejudicial.

* Bebês que engatinham: 
   Por volta do tempo em que a criança tem cerca de dois anos, já terá alcançado a idade exploratória. Não mais se limita ao seu berço ou quadrado de brinquedo. Agora mete seu narizinho em outras áreas da casa, e tem de ser vigiada ainda mais cuidadosamente do que antes.
   Naturalmente, ainda está sujeita a queimaduras e a quedas, mas de aspectos diferentes. Agora pode alcançar coisas acima de sua cabeça e derramar coisas quentes sobre si mesma. Ou, com as molas recém-descobertas de suas perninhas, talvez possa subir em cadeiras e em outros móveis para inclinar-se para fora de janelas ou inspecionar guarda-louças, armários de remédios, armários embutidos e uma hoste de outras coisas. Produtos prejudiciais têm de ser guardados e trancados longe de seus olhos e de suas mãos perscrutadoras.
   Uma criança de dois anos não sabe a diferença entre uma inofensiva caixa de cereal seco e uma caixa que contenha detergente. Assim, ao passo que o espaço sob a pia talvez pareça ser um bom lugar para se guardar fortes detergentes, água sanitária, polidores e coisas semelhantes, NÃO é, se tiver filhos pequenos. A criança engolirá quase tudo, até mesmo coisas que cheiram mal ou têm sabor ruim.
   Ferimentos causados por queimaduras constituem outra ameaça. ? Os adultos sabem que os incêndios podem ser muitíssimo destrutivos. Mas, para as criancinhas, as chamas são fascinantes de observar. E querem brincar com fósforos até mesmo quando lhes proibir de fazê-lo. Mantenha materiais inflamáveis, inclusive fósforos, longe do alcance das crianças.
   Os pais devem analisar quantos venenos seus lares contêm. Acha que o seu é comparativamente seguro? Considere o seguinte: calcula-se que há cerca de 25.000 venenos potenciais disponíveis nas lojas! Não precisam trazer o rótulo de venenosos para o serem. Dentre a ampla variedade, a aspirina se acha entre os mais comuns, sendo responsável por cerca de 25 por cento das mortes por envenenamento. Outros venenos comuns são os inseticidas, alvejantes, detergentes e lustradores de móveis. Tratam-se de itens seguros quando usados por adultos, mas podem ser assemelhados ao TNT quando manejados por uma criança.
   Quando foi a última vez que jogou fora todos os seus remédios, latas de tinta e líquidos de limpeza antigos? Contenta-se em apenas jogá-los na lata de lixo? A criança que engatinha não achará nada de mal em remexer na lata de lixo ou até no vaso sanitário quando não está olhando. Remédios e líquidos devem ser derramados no esgoto e deve-se puxar a descarga. As latas devem ser amassadas, se possível, e levadas para longe prontamente.
   
Disciplina — Instrumento de Segurança

   A disciplina é um instrumento forte e eficaz que os pais possuem para proteger os filhos. Quando se ensina ao filho que ajunte seus brinquedos, ele aprende o primeiro essencial para a segurança da criança.
   Outro aspecto da disciplina é a linguagem que usa e a comunicação que tem com seus filhos. Às vezes, suas palavras devem ser obedecidas de imediato para que fiquem plenamente protegidos. Será que seus filhos lhe obedecem? Verifica que tem de gritar e bradar antes que suas ordens sejam obedecidas? Talvez verifique que a maior parte do tempo vive dizendo “não”. Se usar o “não” com demasiada freqüência, pode perder sua efetividade em reais emergências. Por exemplo, quando diz à sua filha que não toque no fogão porque é quente e a queimará, será que ela assim mesmo tocará nele? Ela não devia ter que aprender isto apenas por experiência própria. A obediência completa é necessária às vezes, até mesmo se a criança não compreender plenamente a razão naquela hora.
   Para alcançar este alvo, muitos pais acham de auxílio evitar dar sempre ordens quando pedem algo ao filho. “Faça o favor de apanhar seus brinquedos” é amiúde obedecido mais rapidamente do que uma ordem dura. Daí, pode constituir um vocabulário de ordens a ser usado quando surgir real perigo. Mas, se forem dadas ordens para toda coisa trivial, talvez não sejam obedecidas em situações perigosas.
   Sempre que seja necessário dar uma ordem, suas maneiras devem ser calmas, porém firmes. O tom de sua voz deve inequivocamente soletrar “PERIGO”, exigindo obediência, e imediata! Daí, suas ações, junto com suas palavras, obterão a atenção necessária. Isto talvez exija muito treinamento, e até mesmo surras, mas, com o tempo, as ordens que tiver de dar serão mais prontamente obedecidas.
   Consideramos algumas das coisas de que os pais podem ficar cônscios no seu papel de protetores. No entanto, apenas arranhamos a superfície, visto que tratamos primariamente de bebês e crianças que engatinham. Os acidentes também acontecem com crianças em idade pré escolar e escolar. Veja como evitar acidentes com crianças maiores.

Texto baseado na Revista Despertai! de 8 de fevereiro de 1970 p. 8-12

* Imagens: Google




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