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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Como proteger as criancinhas de acidentes

   Os acidentes não ocorrem por acaso. Cada um é provocado por algo. Podem ocorrer em qualquer parte e a qualquer hora. Quando alguém foi descuidado, pode acontecer um acidente. A questão é: O que pode ser feito para evitar a maioria deles?
   É bom saber que muitos acidentes com crianças ocorrem entre as 16 e 20 horas durante a semana. Nos fins-de-semana, as primeiras horas da manhã são perigosos períodos. Muitos pais dormem até mais tarde nesses dias e as crianças talvez fiquem livres para ficar andando e meter-se em dificuldades. Os pais cônscios destas tendências podem fazer arranjos de canalizar as energias dos filhos para atividades construtivas nestas horas.
   Outra ajuda é saber por que ocorrem a maioria dos acidentes. Tem-se verificado que a criança inclinada a ser acidentada é usualmente ativa demais, inquieta, impulsiva e insegura. A criança que não sofre acidentes é geralmente mais tímida, submissa e, usualmente, provém dum grupo familiar mais intimamente unido. Parece também que os “simples” eventos e dificuldades cotidianos provocam a maioria dos acidentes: pequena enfermidade de um membro da família; um genitor cansado demais, ansioso ou distraído; um jovem preocupado, tenso ou muito faminto. Estes e outros incidentes fixam o palco para muitos acidentes.

Perigos Para os Infantes

* Bebês de colo: 

QUEDAS: Milhões de criancinhas são feridas todo ano devido a quedas na casa e próximo a ela. As quedas de camas de adultos representam alta porcentagem de graves ferimentos em bebês, os meninos sendo mais suscetíveis que as meninas. Até mesmo berços, considerados o lugar mais seguro para os bebês podem conter perigos ocultos. Contém o seu? Estão as grades sempre colocadas, de modo que o bebê não possa cair? Estão acolchoadas as barras do berço para evitar ferimentos na cabeça, e estão espacejadas de tal forma que não possa ficar com a cabeça presa nelas?

QUEIMADURAS E AFOGAMENTOS: As mães experimentam primeiro a temperatura do banho do bebê antes de lavá-lo, e seu leite antes de alimentá-lo. Compreendem o perigo de algo quente demais externa ou internamente. Todavia, certas mães, ao passo que evitam queimar os bebês, expõem-no ao afogamento. Muitos bebes ficam sozinhos na banheirinha, e em tenra idade. Parece não haver qualquer motivo válido para se deixar um bebê sozinho na água, até mesmo por um minuto. Para evitar quaisquer destes incidentes, muitas mães levam os bebês sempre que têm de atender o telefone ou à campainha da porta.

SUFOCAMENTO E ENGOLIR OBJETOS ESTRANHOS: Deve-se tomar cuidado para evitar que o bebê seja sufocado no berço por roupa de cama, sacos plásticos ou travesseiros. Também, uma das primeiras e primárias funções dum bebê — a de engolir — pode ser perigosa. Pequenos objetos, tais como alfinetes; contas, botões e instrumentos pontiagudos devem sempre ficar longe do alcance do bebê. Nenhum chocalho ou outro brinquedo deve ser menor do que a sua boca. Uma vez que o bebê se apodere de algo, o próximo passo que dará será chupá-lo e então engoli-lo se puder. Já não lhe aconteceu de estender seu dedo para um bebê, apenas para vê-lo segurá-lo firmemente e prontamente levá-lo à boca? Então, imagine só se seu dedo fosse algum objeto prejudicial.

* Bebês que engatinham: 
   Por volta do tempo em que a criança tem cerca de dois anos, já terá alcançado a idade exploratória. Não mais se limita ao seu berço ou quadrado de brinquedo. Agora mete seu narizinho em outras áreas da casa, e tem de ser vigiada ainda mais cuidadosamente do que antes.
   Naturalmente, ainda está sujeita a queimaduras e a quedas, mas de aspectos diferentes. Agora pode alcançar coisas acima de sua cabeça e derramar coisas quentes sobre si mesma. Ou, com as molas recém-descobertas de suas perninhas, talvez possa subir em cadeiras e em outros móveis para inclinar-se para fora de janelas ou inspecionar guarda-louças, armários de remédios, armários embutidos e uma hoste de outras coisas. Produtos prejudiciais têm de ser guardados e trancados longe de seus olhos e de suas mãos perscrutadoras.
   Uma criança de dois anos não sabe a diferença entre uma inofensiva caixa de cereal seco e uma caixa que contenha detergente. Assim, ao passo que o espaço sob a pia talvez pareça ser um bom lugar para se guardar fortes detergentes, água sanitária, polidores e coisas semelhantes, NÃO é, se tiver filhos pequenos. A criança engolirá quase tudo, até mesmo coisas que cheiram mal ou têm sabor ruim.
   Ferimentos causados por queimaduras constituem outra ameaça. ? Os adultos sabem que os incêndios podem ser muitíssimo destrutivos. Mas, para as criancinhas, as chamas são fascinantes de observar. E querem brincar com fósforos até mesmo quando lhes proibir de fazê-lo. Mantenha materiais inflamáveis, inclusive fósforos, longe do alcance das crianças.
   Os pais devem analisar quantos venenos seus lares contêm. Acha que o seu é comparativamente seguro? Considere o seguinte: calcula-se que há cerca de 25.000 venenos potenciais disponíveis nas lojas! Não precisam trazer o rótulo de venenosos para o serem. Dentre a ampla variedade, a aspirina se acha entre os mais comuns, sendo responsável por cerca de 25 por cento das mortes por envenenamento. Outros venenos comuns são os inseticidas, alvejantes, detergentes e lustradores de móveis. Tratam-se de itens seguros quando usados por adultos, mas podem ser assemelhados ao TNT quando manejados por uma criança.
   Quando foi a última vez que jogou fora todos os seus remédios, latas de tinta e líquidos de limpeza antigos? Contenta-se em apenas jogá-los na lata de lixo? A criança que engatinha não achará nada de mal em remexer na lata de lixo ou até no vaso sanitário quando não está olhando. Remédios e líquidos devem ser derramados no esgoto e deve-se puxar a descarga. As latas devem ser amassadas, se possível, e levadas para longe prontamente.
   
Disciplina — Instrumento de Segurança

   A disciplina é um instrumento forte e eficaz que os pais possuem para proteger os filhos. Quando se ensina ao filho que ajunte seus brinquedos, ele aprende o primeiro essencial para a segurança da criança.
   Outro aspecto da disciplina é a linguagem que usa e a comunicação que tem com seus filhos. Às vezes, suas palavras devem ser obedecidas de imediato para que fiquem plenamente protegidos. Será que seus filhos lhe obedecem? Verifica que tem de gritar e bradar antes que suas ordens sejam obedecidas? Talvez verifique que a maior parte do tempo vive dizendo “não”. Se usar o “não” com demasiada freqüência, pode perder sua efetividade em reais emergências. Por exemplo, quando diz à sua filha que não toque no fogão porque é quente e a queimará, será que ela assim mesmo tocará nele? Ela não devia ter que aprender isto apenas por experiência própria. A obediência completa é necessária às vezes, até mesmo se a criança não compreender plenamente a razão naquela hora.
   Para alcançar este alvo, muitos pais acham de auxílio evitar dar sempre ordens quando pedem algo ao filho. “Faça o favor de apanhar seus brinquedos” é amiúde obedecido mais rapidamente do que uma ordem dura. Daí, pode constituir um vocabulário de ordens a ser usado quando surgir real perigo. Mas, se forem dadas ordens para toda coisa trivial, talvez não sejam obedecidas em situações perigosas.
   Sempre que seja necessário dar uma ordem, suas maneiras devem ser calmas, porém firmes. O tom de sua voz deve inequivocamente soletrar “PERIGO”, exigindo obediência, e imediata! Daí, suas ações, junto com suas palavras, obterão a atenção necessária. Isto talvez exija muito treinamento, e até mesmo surras, mas, com o tempo, as ordens que tiver de dar serão mais prontamente obedecidas.
   Consideramos algumas das coisas de que os pais podem ficar cônscios no seu papel de protetores. No entanto, apenas arranhamos a superfície, visto que tratamos primariamente de bebês e crianças que engatinham. Os acidentes também acontecem com crianças em idade pré escolar e escolar. Veja como evitar acidentes com crianças maiores.

Texto baseado na Revista Despertai! de 8 de fevereiro de 1970 p. 8-12

* Imagens: Google




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