Pesquise no blog

domingo, 18 de dezembro de 2011

O pulo da pulga - teve um projeto?

   Como um animal tão minúsculo como a pulga pode pular até 200 vezes a altura de seu corpo? Com pernas que servem como alavancas multiarticuladas, revelou um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, na Grã Bretanha. O estudo foi publicado no Journal of Experimental Biology.
   O mistério já durava 44 anos. Começou quando dois grupos de cientistas descobriram que os diminutos músculos da pulga não tinham muito a ver com a magnitude de seu salto. O responsável era, na verdade, uma espécie de "mola" interna, uma estrutura elástica feita de uma proteína chamada resilina, ligada às pernas, que conferia impulso ao salto. A descoberta não explicava, porém, como o inseto fazia força contra o chão para tornar o pulo possível. Enquanto um grupo resolveu adotar a teoria de que o segredo estava nos joelhos das pulgas, o outro responsabilizou as articulações das pernas traseiras pelo feito.
   Para resolver a controvérsia, os pesquisadores de Cambridge tiveram ajuda de uma tecnologia que não existia em 1967, a câmera de gravação em alta velocidade. As imagens revelaram que o animal usa as articulações das pernas como uma alavanca e faz força contra o chão com seus dedos dos pés (tarsos, segmentos dos pés dos insetos).
   Como um dos pesquisadores havia sugerido, os joelhos (trochanters) realmente tocam o chão juntamente com os tarsos na maioria dos pulos. Mas, como em 10% deles os joelhos não participam do movimento, os pesquisadores concluíram que o segredo só pode estar nos dedos.
   O objetivo final do estudo, contou Gregory Sutton, um dos autores do estudo, à BBC britânica, é desenvolver um robô com saltos tão potentes quanto o do inseto.


   E você? O que acha? O salto da pequena pulga que levou tanto tempo para ser desvendado, foi resultado de um projeto inteligente ou surgiu por acaso?
((•)) Ouça este artigo

Cientistas usam bactéria do intestino humano em 'chip biológico'



   Cientistas britânicos conseguiram construir os componentes básicos de um computador a partir de bactérias encontradas em seres humanos. Outras pesquisas já haviam mostrado que era possível construir um 'chip biológico', mas é a primeira vez que pesquisadores conseguem fazê-lo se comportar de maneira muito semelhante ao equivalente eletrônico. A pesquisa poderá pavimentar o caminho para uma nova geração de computadores biológicos que podem ajudar a monitorar a saúde e o ambiente. O estudo foi publicado no periódico Nature Communications.
   Os especialistas da Imperial College London, na Inglaterra, demonstraram que é possível construir circuitos lógicos — usados para processar informações nos microprocessadores, por exemplo — a partir da Escherichia coli (E. coli), uma bactéria encontrada no intestino humano.
   Biocomputador - A equipe de cientistas alterou o material genético da bactéria para que ela alternasse, quando estimulada quimicamente, entre estados equivalentes aos dos circuitos lógicos tradicionais: 'ligado' e 'desligado'. É assim que a maioria dos computadores processa informação digital. Contudo, em vez de bactérias e estímulos químicos, os engenheiros usam placas de silício e eletricidade.
   "Agora que demonstramos que é possível replicar o sistema usando bactérias e DNA, esperamos que nosso trabalho possa levar a uma nova geração de processadores biológicos", disse Richard Kitney, coautor do artigo. Em tese, os novos circuitos podem ser tão eficientes quanto os equivalentes eletrônicos.
   Aplicações - O resultado obtido ainda está longe de chegar ao mercado, mas a equipe já sugere aplicações para computadores biológicos microscópicos. Entre os exemplos citados, estão sensores capazes de navegar pelas artérias, detectar a formação de um coágulo e rapidamente medicar a região afetada. Outras aplicações incluem sensores que detectam e destroem células cancerígenas ou monitores de poluição que podem ser lançados ao ambiente, detectando e neutralizando substâncias perigosas, como o arsênio. 
   Os especialistas também mostraram que os circuitos biológicos podem ser conectados entre si, formando componentes ainda mais elaborados. A próxima fase da pesquisa cuidará do desenvolvimento desses circuitos conectados, para permitir a realização de tarefas mais complexas.
((•)) Ouça este artigo
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...