O trabalho foi desenvolvido pelo pesquisador Jiven Lu e sua equipe. Eles usaram uma base de dados com fotos de figuras públicas e seus familiares – por exemplo, o presidente da França Nicolas Sarkozy e seu filho Jean – e alimentaram o programa com 320 pares de fotos. O programa analisa os pixels de uma imagem e procura por pontos em comum nas imagens seguintes. Então, ele compara as diferenças entre as fotos da base de dados e outras para verificar se pode haver parentesco.
O teste usou 160 pares – 80 pais e filhos e 80 que não eram parentes – o sucesso do sistema foi de 68%. Ao contrário de alguns softwares de reconhecimento, o sistema consegue lidar com variações na pose, mudanças de expressão e iluminação. Mas, como o software compara grupos de pixels, ele não revela nada sobre quais características faciais podem ser o melhor indicativo de vínculo familiar.
Para tentar resolver isso, um outro trabalho, da Cornell University in Ithaca, em Nova York, considerou 22 traços faciais que, baseado na ciência genética e cognitiva, eram provavelmente hereditárias. Eles usaram, então, um software para analisar essas características e avaliar a capacidade de cada um para definir o parentesco, comparando 150 celebridades e seus filhos com outros 150 pares incompatíveis.
O estudo apontou que a combinação de traços como a cor dos olhos, a cor da pele, distâncias entre o nariz e a boca e entre os olhos e o nariz podem indicar, com boa precisão, parentesco entre duas pessoas.
Iniciativas assim, segundo o pesquisador Jiven Lu, podem ajudar a encontrar familiares distantes quando o teste de DNA não for possível.
Fonte: Revista Galileu ((•)) Ouça este artigo