A fadiga causada pelo barulho reduz a eficiência do trabalho. As experiências demonstraram que o homem usa muitas vezes um quinto mais de energia para fazer certo trabalho, em ambiente barulhento, do que feria em condições sossegadas. O barulho afeta seu critério e a faculdade de concentração; parte do cérebro se ocupa com os sons que realmente não quer ouvir.
Estes efeitos físicos e mentais se refletem na eficiência com que se executa o trabalho. Em certa fábrica, quando se reduziu o barulho de 100 a 75 decibéis, os engenheiros de acústica reduziram a proporção dos acidentes a quase a metade e aumentaram a produtividade em um quinto. A eliminação do barulho numa fábrica de motores reduziu à metade o consumo de comprimidos contra a dor de cabeça. Com a instalação de novos rolamentos num ventilador barulhento, o gerente duma fábrica aumentou a produtividade em 12 por cento.
O efeito dum “barulho inesperado e indesejável” foi recentemente descrito pelo Dr. Samuel Rosen, cirurgião oftalmologista de Nova Iorque: “As pupilas se dilatam, a pele empalidece, as membranas mucosas se secam, há espasmos intestinais e as glândulas supra-renais produzem segregações em grande quantidade.”
Os decibéis são unidades de som. O som audível mais baixo é de um decibel. Um som de 80 decibéis constitui o nível máximo ainda confortável. Um avião a jato, de perto, pode emitir 150 decibéis. O tráfego pesado produz aproximadamente o nível do limite tolerável de 80 decibéis. Mas pode ser acentuado pelo grito duma mulher (90 decibéis), por uma motocicleta (110 decibéis) ou por um martelo de ar comprimido (130 decibéis). As buzinas dos automóveis, o guinchar dos trens, as máquinas de trituração, as perfuratrizes pneumáticas barulhentas, multiplicaram-se com os milhões de novos habitantes que apinham as cidades do mundo. O que passou quase que despercebido é que muitos níveis de barulho encontrados numa comunidade excedem as normas encontradas na industria.
O que pode fazer neste respeito? Não pode reformar o mundo. Mas pode ajudar a fazer seu próprio ambiente mais pacífico por meio daquilo que pessoalmente faz.
Fontes:
* Texto: Revista Despertai! de 22 de junho de 1970 p. 29
* Imagem: Google