Os morcegos gostam duma refeição de traças e usam seu equipamento sonar para apanhá-las. Mas o sistema de detecção da traça é um dispositivo de aviso altamente sofisticado, que da à traça tempo para se esconder. Os morcegos descobrem as traças por emitirem pios ultra-sônicos, cujo eco lhes diz se a traça está dentro do alcance ou não. Este dispositivo funciona bem a uns três metros de distância, mas, além disso, o eco é fraco demais para ser bem aproveitado pelo morcego. Por outro lado, a traça pode ouvir o pio do morcego a uns 23 metros de distância. Portanto, sempre que a traça capta o sinal do morcego, afasta-se voando da fonte do som e fora do alcance do morcego. Mas, dentro do raio de três metros, a traça precisa fazer umas manobras rápidas. Às vezes mergulha em direção ao chão. Outras vezes simplesmente dobra as asas e se deixa cair. Ainda outras vezes talvez voe em mergulho direto ou desça em espiral. Algumas traças não têm bom gosto para os morcegos. Estas traças de mau sabor produzem em vôo um forte som de estalido. Ouvindo este “estalido”, o morcego pára imediatamente de persegui-la. As traças de bom sabor, porém, se disfarçam por enviarem um “estalido” ultra-sônico para enganar o morcego. O morcego frustrado não vai no encalço delas. Mas o que o morcego não sabe é que entre as que produzem o “estalido” mais forte há as traças mais gostosas.
Fontes:
* Texto: Revista Despertai! de 8 de julho de 1970 p. 24
* Imagem: Google
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