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quinta-feira, 29 de março de 2012
Tecnologia de Israel é usada no Pacaembu
Para tentar diminuir a violência do futebol, ao menos nos estádios, a Federação Paulista, em conjunto com a Polícia Militar de São Paulo, começou no dia 25 de março a testar um moderno sistema de monitoramento de estádios. Por meio de um software israelense de biometria facial, o torcedor tem seu rosto registrado na chegada e passa a ter seu comportamento na arquibancada vigiado à distância por meio do zoom de câmeras de alta definição. O sistema é semelhante a alguns já implantados em estádios europeus. Antes do jogo de 25 de março, ele já tinha sido utilizado em três partidas este ano (Corinthians x São Paulo, Palmeiras x Ajax e Palmeiras x Oeste), com apoio da Federação Paulista de Futebol e da Polícia Militar.
((•)) Ouça este artigoLumia 710 e Lumia 800 chegam ao Brasil
Os Lumias chegam (no início de março) ao mercado pelas operadoras Tim, Oi e Vivo, e possuem processador de 1.4 GHz e conectividade de dados por meio de Wi-fi, 3G (HSPA), além de design e cores diferenciadas.
Moldado em uma única peça de policarbonato, vidro curvo e tela de 3,7 polegadas AMOLED ClearBlack, o Nokia Lumia 800 (ao lado) chega ao Brasil nas cores preta, azul e rosa. O smartphone possui câmera de 8 megapixels, lente Carl Zeiss, ferramentas de configuração como ISO, modo de foco, efeitos, flash LED duplo, entre outros recursos. O produto ainda grava e reproduz vídeos em alta resolução. Para armazenar as fotos e outros arquivos, inclusive os produzidos no Microsoft Office que já vem instalado no aparelho, além da memória interna de 16 GB existe a opção de 25 GB gratuitos no SkyDrive, sistema de armazenamento na nuvem da Microsoft. Custa R$ 1. 699. Mas o valor pode mudar de acordo com a operadora ou o plano escolhido.
Quanto ao Nokia Lumia 710 (abaixo), é fabricado na fábrica da Nokia em Manaus e está disponível em diversas combinações de cores, entre elas, preta, branca, azul, rosa e amarela. O smartphone possui ainda tela de 3,7 polegadas TFT ClearBlack, câmera de 5 megapixels, com flash LED e memória interna de 8 GB. Custa R$ 999. Mas o valor pode mudar de acordo com a operadora ou o plano escolhido.
NOVA SISTEMA OPERACIONAL - NOVA EXPERIÊNCIA
O grande destaque da Linha Lumia de smartphones é a presença do sistema operacional Windows Phone, que oferece uma experiência diferente do que existe hoje no mercado. A interface Metro simplifica e facilita o uso da tecnologia, trazendo atualizações e notificações de forma instantânea na tela inicial. Basta o usuário entrar com seus dados do Windows Live, Facebook, Twitter e e-mails para que tudo seja sincronizado e guardado em um único lugar.
A integração permite que seja possível interagir em redes sociais, enviar SMS, ligar ou falar por chat sem a necessidade de usar um aplicativo para cada função. É possível se atualizar automaticamente sobre notícias, previsão do tempo ou cotações de ações a partir da tela inicial, sem a necessidade de se ativar um aplicativo específico.
A plataforma da Microsoft também traz marcas consagradas na indústria para o universo móvel. Isso inclui o XBOX Live, espaço de jogos sincronizado com o console de videogame; o Microsoft Office, que traz os famosos aplicativos de produtividade, como o Microsoft Word e o Microsoft Outlook, e o navegador Internet Explorer 9. Se você deseja ainda mais aplicativos e jogos, o Marketplace oferece mais de 65 mil itens para download.
E você acha que a parceria Nokia e Microsoft vai alavancar? Você já usou o sistema Windows Phone? Sim? Conte-nos como foi. Não? Tem vontade de usar? Você acha que o Windows Phone já tem capacidade de enfrentar o IOS e o Android?
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quarta-feira, 28 de março de 2012
A roupa de casamento
Interessante costume que certa vez prevalecia no Oriente Médio esclarece as palavras de Jesus na Bíblia em Mateus capítulo 22, versículos do 11 ao 13, onde ele fala de os convidados a um casamento receberem roupas de casamento. Antes de a influência ocidental modificar certos costumes, os viajantes nas terras bíblicas relataram que recebiam roupas de casamento quando compareciam a festas de casamento. Tais roupas eram longos mantos com mangas soltas para pôr por cima de suas vestes.
Certo nativo sírio relata que o pai do noivo fornecia tais roupas que eram feitas de material barato, porém de cores alegres. Fazia-se isto prevendo-se o caso de algum homem pobre vir sem ter a roupa apropriada para adornar-se. Se qualquer conviva deixasse de colocar esta roupa, o governador da festa podia repreendê-lo.
Texto baseado na Revista Despertai! de 8 de abril de 1971 p. 31
Então podemos ver que não é de hoje que em casamentos gasta-se dinheiro para a cerimônia... Você é de algum país oriental, ou conhece alguém que seja? Pode nos dizer se onde você mora, ou onde mora seu conhecido no Oriente, ainda tem esse costume? Obrigado. Você que não é do Oriente, já conhecia esse costume? Se ainda não conhecia, nos diga, o que achou? Pode entender agora o relato bíblico de Mateus que foi considerado?
Como funcionam nossos músculos? - O mistério da Criação
NOSSOS músculos, que usamos de tantas formas e para tantas finalidades, costumam ser considerados coisas corriqueiras por nós — até fazermos algo que os deixem doloridos. Mas, o que sabe sobre o seu funcionamento?
O Professor Ville, da Universidade de Harvard, declarou em seu livro Biology: “Os fisiólogos e bioquímicos têm tentado por muitos anos solucionar o problema de como um músculo consegue exercer uma tração, mas os reais eventos químicos e físicos que ocorrem na contração muscular ainda são questão de conjectura, antes que fato estabelecido.” Mas, muitas coisas interessantes foram aprendidas.
Os músculos se acham entre as coisas que põem o homem e os animais à parte da maioria das plantas no sentido de que tornam possível a mobilidade. E não só os músculos nos habilitam a ficar de pé e fazer muitas coisas com as mãos, mas, muitas das funções vitais de nossos corpos dependem grandemente de nossos músculos. Respirar, a circulação do sangue, a digestão, a excreção e a reprodução, todas dependem de nossos músculos, que totalizam 600 ou mais.
Os músculos representam de 40 a 50 por cento do peso do corpo Consistem em cerca de 75 por cento de água, 20 por cento de proteína, 2 por cento de gordura, bem como em vários tipos de minerais ou sais. Os músculos variam em comprimento, de cerca de três milímetros, no ouvido interno, a quarenta e cinco centímetros ou mais, nas pernas. Talvez os músculos mais diminutos sejam os que fazem com que nossos cabelos fiquem eriçados quando ficamos com medo, ou que nos provoquem arrepios quando trememos de frio. Alguns de nossos músculos podem contrair-se e descontrair-se numa fração de segundo. Os músculos de certos insetos conseguem mover-se ou vibrar a fantásticas taxas — de 55 vezes por segundo, no caso de alguns besouros, a até 1.046 vezes por segundo (maruim, diminuto inseto).
Há três tipos de músculos em nossos corpos: (1) Músculos voluntários, que incluem os músculos do esqueleto e da face; (2) músculos ‘involuntários, que se acham entre os músculos nos vasos sangüíneos, intestinos, estômago, vesícula e útero, e (3) o músculo cardíaco.
Os músculos voluntários são também denominados “estriados” ou listrados, porque, ao microscópio, apresentam listras alternadas claras e escuras, ou estrias que correm transversalmente. A maioria de tais músculos são compridos e estreitos, como nos braços e nas pernas; outros, porém, são laminados, como os do abdômen e das costas. Os músculos voluntários são dotados de rica reserva nervosa e sangüínea de modo que possam cumprir seu propósito. Alguns, tais como os músculos respiratórios, pode-se dizer que são tanto voluntários como involuntários. Usamo-los voluntariamente quando tomamos fôlego profundo, mas, na maior parte do tempo, e especialmente quando dormimos, trabalham sem qualquer decisão de nossa parte.
O músculo do coração tem um tipo especial de construção, tornando-o o músculo mais forte no homem. Na mulher, apenas o músculo do útero, necessário para expelir um bebê que nasça, é mais forte, segundo os médicos. O músculo cardíaco é construído segundo o modelo do músculo voluntário, mas funciona como músculo involuntário.
Os músculos voluntários ou esqueléticos, que se prendem por meio de tendões ou nervos aos ossos, realmente servem como pontes das juntas. É o grupo de músculos entre o cotovelo e o ombro que move o antebraço, assim como é o grupo muscular entre o cotovelo e o pulso que move a mão. Um grupo? Sim, é necessário um grupo para tornar possível os diferentes tipos de movimento, e isso por meio dos tendões. Os tendões, contudo, não devem ser confundidos com os ligamentos que ligam um osso ao outro e que não podem estender-se. Quando os ligamentos são distendidos, há dolorosa torcedura. Quanto à própria ação muscular, há apenas dois tipos que os músculos podem realizar: Podem (1) puxar, contrair-se ou ficar tensos e (2) descontrair-se. Nunca podem empurrar.
Um músculo consiste em fibras revestidas cujos diâmetros podem variar de 1/250 a 1/2500 de uma polegada, e podem ter o comprimento total do músculo. As fibras são feitas de elementos paralelos, de 1/25.000 avos duma polegada em diâmetro e estas, por sua vez, consistem em filamentos paralelos de actina e miosisa. Parece que a chave para a ação muscular se acha nestes filamentos de actina e miosina. Entende-se agora que, quando um músculo se contrai, um destes desliza pelo outro.
A atividade muscular consome oxigênio e nitrogênio, provocando uma demanda dos mesmos do sangue, e, ao mesmo tempo, resulta num aumento dos produtos residuais, a saber, o bióxido de carbono e o ácido láctico, que é transportado pelo sangue. É a presença do ácido láctico no músculo que faz com que a pessoa se sinta cansada. A corrente sangüínea serve tanto para alimentar os músculos como para transportar seus produtos residuais e faz isso sem confundir os dois. Ao passo que se conhece pelo menos isso, o que precisa ainda ser entendido é exatamente como a força nervosa consegue transformar os produtos do metabolismo alimentar estocados no músculo em energia mecânica. Isso ainda constitui grande mistério para o homem.
Nossos músculos voluntários jamais ficam completamente descontraídos. Há sempre leve tensão ou “tono”, e esta tensão torna possível que os músculos entrem prontamente em ação. Tanto a rapidez de movimento como a suavidade de movimento dependem deste tono muscular. Vê-se a prova do tono quando um tendão, que prende um músculo a um osso, é cortado. O músculo se retrai.
No entanto, o tono muscular não é conseguido pelo músculo inteiro ficar sempre um tanto tenso.
As fibras musculares trabalham em revezamento. É por isso que podemos manter a boa postura por longo tempo sem ficar cansados demais. Certa dose desta atividade ou tono muscular é necessária quando nos sentamos eretos. Ficar em pé exige ainda mais dela. E, quando se trata de andar, a coordenação de muitos músculos mais se acha envolvida. Não é de admirar que uma criança precise de muito tempo e esforço para aprender a andar.
O Criador não só deu ao homem centenas de músculos maravilhosos, mas também ordenou que o primeiro homem ‘cultivasse e tomasse conta’ do jardim do Éden. Isso exigia que o homem usasse seus músculos. O homem tinha um trabalho essencial a fazer que o auxiliava a manter-se em excelente condição física. O Criador não fez o homem para uma vida de preguiça. Com efeito, um dos maiores inimigos dos músculos fortes e saudáveis é a preguiça. — Gênesis, capítulo 2, versículo 15.
Se a ocupação diária da pessoa não lhe fornecer o necessário exercício, deve-se manter alerta quanto a preservar seus músculos em boas condições de algum outro modo. Subir escadas ao invés de sempre andar de “elevador” pode ser de grande ajuda; também, andar sempre que possível, ao invés de usar o carro da família ou o transporte público. Exercícios de flexão dos braços ou corridas a passo lento também lhe podem fazer muito bem.
De mãos dadas com o exercício suficiente andam o descanso e o sono suficientes. Em especial, é de ajuda aprender a trabalhar de forma descontraída, ao invés de sempre apressada e tensa. A tensão desnecessária prejudica tanto os nervos como os músculos.
Também é importante certificar-se de que os músculos obtenham a espécie certa de alimento. Isso significa, entre muitas outras coisas, certificar-se de obter suficientes vitaminas e sais minerais por escolher alimentos não-refinados e comer bastantes frutas e legumes, sempre que for prático, em forma crua.
O que pode ser feito quanto à fadiga, espasmos e coisas semelhantes? Compressas quentes e úmidas e massagens se acham entre os melhores remédios, embora certos alimentos também ajudem. E, naturalmente o descanso é o melhor tratamento de todos. Se continuarem os espasmos, as cãibras ou dores agudas, seria sábio consultar um médico, em especial se não estiverem localizadas nos membros.
Não se deve desperceber os fatores psicossomáticos. Se os músculos duma pessoa sentem cansaço a todo o tempo, embora ela tenha suficiente descanso e coma o alimento da espécie correta, problema talvez bem que poderá ser psicossomático, ou seja, o efeito da mente e das emoções sobre o corpo. Não é sem boa razão que a Bíblia diz: “O coração alegre faz bem como alguém que cura, mas o espírito abatido resseca os ossos” — e, poderia se acrescentar, torna cansados os músculos. — Provérbios capítulo 17, versículo 22.
Nossos músculos são deveras uma maravilha, mas os detalhes de como operam ainda é um mistério. No entanto, o que sabemos deles, deve ajudar-nos a cuidar bem deles.
Gostou desse artigo? Comente! Tem algo que está no artigo que você já sabia? Ou tem algo que não sabia? Mova seus músculos dos braços e das mãos e responda!
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O Professor Ville, da Universidade de Harvard, declarou em seu livro Biology: “Os fisiólogos e bioquímicos têm tentado por muitos anos solucionar o problema de como um músculo consegue exercer uma tração, mas os reais eventos químicos e físicos que ocorrem na contração muscular ainda são questão de conjectura, antes que fato estabelecido.” Mas, muitas coisas interessantes foram aprendidas.
Características dos Músculos
Os músculos se acham entre as coisas que põem o homem e os animais à parte da maioria das plantas no sentido de que tornam possível a mobilidade. E não só os músculos nos habilitam a ficar de pé e fazer muitas coisas com as mãos, mas, muitas das funções vitais de nossos corpos dependem grandemente de nossos músculos. Respirar, a circulação do sangue, a digestão, a excreção e a reprodução, todas dependem de nossos músculos, que totalizam 600 ou mais.
Os músculos representam de 40 a 50 por cento do peso do corpo Consistem em cerca de 75 por cento de água, 20 por cento de proteína, 2 por cento de gordura, bem como em vários tipos de minerais ou sais. Os músculos variam em comprimento, de cerca de três milímetros, no ouvido interno, a quarenta e cinco centímetros ou mais, nas pernas. Talvez os músculos mais diminutos sejam os que fazem com que nossos cabelos fiquem eriçados quando ficamos com medo, ou que nos provoquem arrepios quando trememos de frio. Alguns de nossos músculos podem contrair-se e descontrair-se numa fração de segundo. Os músculos de certos insetos conseguem mover-se ou vibrar a fantásticas taxas — de 55 vezes por segundo, no caso de alguns besouros, a até 1.046 vezes por segundo (maruim, diminuto inseto).
Três Tipos de Músculos
De cima para baixo: Célula muscular cardíaca Célula muscular esquelética (voluntários) Célula muscular lisa (involuntários) |
Os músculos voluntários são também denominados “estriados” ou listrados, porque, ao microscópio, apresentam listras alternadas claras e escuras, ou estrias que correm transversalmente. A maioria de tais músculos são compridos e estreitos, como nos braços e nas pernas; outros, porém, são laminados, como os do abdômen e das costas. Os músculos voluntários são dotados de rica reserva nervosa e sangüínea de modo que possam cumprir seu propósito. Alguns, tais como os músculos respiratórios, pode-se dizer que são tanto voluntários como involuntários. Usamo-los voluntariamente quando tomamos fôlego profundo, mas, na maior parte do tempo, e especialmente quando dormimos, trabalham sem qualquer decisão de nossa parte.
O músculo do coração tem um tipo especial de construção, tornando-o o músculo mais forte no homem. Na mulher, apenas o músculo do útero, necessário para expelir um bebê que nasça, é mais forte, segundo os médicos. O músculo cardíaco é construído segundo o modelo do músculo voluntário, mas funciona como músculo involuntário.
Ação Muscular
Os músculos voluntários ou esqueléticos, que se prendem por meio de tendões ou nervos aos ossos, realmente servem como pontes das juntas. É o grupo de músculos entre o cotovelo e o ombro que move o antebraço, assim como é o grupo muscular entre o cotovelo e o pulso que move a mão. Um grupo? Sim, é necessário um grupo para tornar possível os diferentes tipos de movimento, e isso por meio dos tendões. Os tendões, contudo, não devem ser confundidos com os ligamentos que ligam um osso ao outro e que não podem estender-se. Quando os ligamentos são distendidos, há dolorosa torcedura. Quanto à própria ação muscular, há apenas dois tipos que os músculos podem realizar: Podem (1) puxar, contrair-se ou ficar tensos e (2) descontrair-se. Nunca podem empurrar.
Um músculo consiste em fibras revestidas cujos diâmetros podem variar de 1/250 a 1/2500 de uma polegada, e podem ter o comprimento total do músculo. As fibras são feitas de elementos paralelos, de 1/25.000 avos duma polegada em diâmetro e estas, por sua vez, consistem em filamentos paralelos de actina e miosisa. Parece que a chave para a ação muscular se acha nestes filamentos de actina e miosina. Entende-se agora que, quando um músculo se contrai, um destes desliza pelo outro.
A atividade muscular consome oxigênio e nitrogênio, provocando uma demanda dos mesmos do sangue, e, ao mesmo tempo, resulta num aumento dos produtos residuais, a saber, o bióxido de carbono e o ácido láctico, que é transportado pelo sangue. É a presença do ácido láctico no músculo que faz com que a pessoa se sinta cansada. A corrente sangüínea serve tanto para alimentar os músculos como para transportar seus produtos residuais e faz isso sem confundir os dois. Ao passo que se conhece pelo menos isso, o que precisa ainda ser entendido é exatamente como a força nervosa consegue transformar os produtos do metabolismo alimentar estocados no músculo em energia mecânica. Isso ainda constitui grande mistério para o homem.
Tono Muscular
Nossos músculos voluntários jamais ficam completamente descontraídos. Há sempre leve tensão ou “tono”, e esta tensão torna possível que os músculos entrem prontamente em ação. Tanto a rapidez de movimento como a suavidade de movimento dependem deste tono muscular. Vê-se a prova do tono quando um tendão, que prende um músculo a um osso, é cortado. O músculo se retrai.
No entanto, o tono muscular não é conseguido pelo músculo inteiro ficar sempre um tanto tenso.
As fibras musculares trabalham em revezamento. É por isso que podemos manter a boa postura por longo tempo sem ficar cansados demais. Certa dose desta atividade ou tono muscular é necessária quando nos sentamos eretos. Ficar em pé exige ainda mais dela. E, quando se trata de andar, a coordenação de muitos músculos mais se acha envolvida. Não é de admirar que uma criança precise de muito tempo e esforço para aprender a andar.
Cuide Bem de Seus Músculos
O Criador não só deu ao homem centenas de músculos maravilhosos, mas também ordenou que o primeiro homem ‘cultivasse e tomasse conta’ do jardim do Éden. Isso exigia que o homem usasse seus músculos. O homem tinha um trabalho essencial a fazer que o auxiliava a manter-se em excelente condição física. O Criador não fez o homem para uma vida de preguiça. Com efeito, um dos maiores inimigos dos músculos fortes e saudáveis é a preguiça. — Gênesis, capítulo 2, versículo 15.
Se a ocupação diária da pessoa não lhe fornecer o necessário exercício, deve-se manter alerta quanto a preservar seus músculos em boas condições de algum outro modo. Subir escadas ao invés de sempre andar de “elevador” pode ser de grande ajuda; também, andar sempre que possível, ao invés de usar o carro da família ou o transporte público. Exercícios de flexão dos braços ou corridas a passo lento também lhe podem fazer muito bem.
De mãos dadas com o exercício suficiente andam o descanso e o sono suficientes. Em especial, é de ajuda aprender a trabalhar de forma descontraída, ao invés de sempre apressada e tensa. A tensão desnecessária prejudica tanto os nervos como os músculos.
Também é importante certificar-se de que os músculos obtenham a espécie certa de alimento. Isso significa, entre muitas outras coisas, certificar-se de obter suficientes vitaminas e sais minerais por escolher alimentos não-refinados e comer bastantes frutas e legumes, sempre que for prático, em forma crua.
O que pode ser feito quanto à fadiga, espasmos e coisas semelhantes? Compressas quentes e úmidas e massagens se acham entre os melhores remédios, embora certos alimentos também ajudem. E, naturalmente o descanso é o melhor tratamento de todos. Se continuarem os espasmos, as cãibras ou dores agudas, seria sábio consultar um médico, em especial se não estiverem localizadas nos membros.
Não se deve desperceber os fatores psicossomáticos. Se os músculos duma pessoa sentem cansaço a todo o tempo, embora ela tenha suficiente descanso e coma o alimento da espécie correta, problema talvez bem que poderá ser psicossomático, ou seja, o efeito da mente e das emoções sobre o corpo. Não é sem boa razão que a Bíblia diz: “O coração alegre faz bem como alguém que cura, mas o espírito abatido resseca os ossos” — e, poderia se acrescentar, torna cansados os músculos. — Provérbios capítulo 17, versículo 22.
Nossos músculos são deveras uma maravilha, mas os detalhes de como operam ainda é um mistério. No entanto, o que sabemos deles, deve ajudar-nos a cuidar bem deles.
Texto baseado na Revista Despertai! de 8 de abril de 1971 p. 20-23
*Imagens: Google
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Mudanças no futebol - veja o que pode mudar a partir desse ano
Os oito integrantes da International Football Association Board (IFAB) afirmaram que os sistemas de duas empresas, a britânica Hawk-Eye e a alemã GoalRef, passarão por testes mais adiante antes da decisão final na reunião da entidade em Kiev, no dia 2 de julho.
A IFAB, composta por quatro representantes da FIFA e quatro das federações britânicas, também concordaram em rever a decisão de 2007 e agora permitirão que as futebolistas islâmicas usem o hijab, ou véu, quando jogarem. A decisão também será submetida a testes antes da decisão em 2 de julho.
Outras propostas da FIFA, como permitir uma quarta substituição na prorrogação em partidas da Copa do Mundo, foi retirada, enquanto outras discussões serão realizadas em relação à "tripla punição" quando um jogador comete pênalti, é expulso e recebe suspensão quando evita uma chance clara de gol.
A IFAB também aprovou o uso do spray, usado para marcar o ponto exato no qual a barreira deve ficar (9,15 metros) nas cobranças de falta. Além disso, permitiu que jogadores substituídos possam voltar a acampo em partidas amadoras e de veteranos.
Você concorda com essas mudanças? Sim? Quais e porque? Não? Porque? ((•)) Ouça este artigo
quinta-feira, 15 de março de 2012
A saudável e saborosa banana - quais suas características?
A banana não cresce em árvores, pois a bananeira não tem tronco nem galhos. Falando-se estritamente, é planta herbácea, cujo caule principal se compõe de bainhas de folhas. Atinge a altura de três a sete e meio metros e leva de doze a quinze meses para produzir seu fruto. Tendo-se produzido um cacho de bananas, a planta é cortada, porque a bananeira jamais dá mais de um só cacho.
Entre as muitas vantagens das bananas se acha sua disponibilidade o ano todo. Não requerem preparo e já vêm seladas pela natureza, o que as mantém praticamente livres de bactérias e de sujeira. (Não se precisa preocupar com inseticidas nem se foi lavada antes de comê-la!) Quando está bem madura — tendo manchas marrons — a banana é facilmente digerida, pelo menos pela maioria das pessoas, e produz bastante energia.
As bananas contêm menos umidade do que quase toda outra fruta fresca — cerca de 75 por cento. Também contêm mais açúcar do que a maioria das frutas frescas — uns 20 por cento. Por isso, podem substituir os alimentos mais substanciais e não servem apenas como sobremesa. Quem quer emagrecer ou precisa ter cuidado com o peso, bem poderia experimentar comer umas bananas e tomar um copo de leite, ao invés de uma refeição completa. Seria especialmente bom se tais pessoas substituíssem sobremesas ou merendas entre as refeições ou à noite por bananas.
As bananas têm alta dose de vitaminas A, B e C. Realmente, segundo certas autoridades, contêm tanta vitamina C que, no caso de criancinhas, as bananas poderão ser muitas vezes a fonte principal desta vitamina. Quanto aos minerais, as bananas contêm notável quantidade de cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo e enxofre. As bananas têm também o poder de ajudar a regenerar a hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue.
Em virtude de sua dose baixa de proteína, se recomendam bananas para quem sofre de doenças dos rins. Nas bananas bem maduras, o amido se transforma em frutose, e, por isso, são recomendadas para os diabéticos que não podem tolerar o açúcar de cana ou de beterraba (sacarose). Acharam-se úteis as bananas em muitos casos de úlceras pépticas. Estranho como pareça, as bananas servem de alimento para os obesos, bem como para os magros demais, auxiliando na correção de ambas as condições, assim como são de ajuda em curar tanto a diarréia como a prisão de ventre. Não há dúvida de que, quando o Criador fez a banana, ele deu ao homem uma dádiva esplêndida, tanto nutritiva como apetitosa.
Fontes:
*Texto: Revista Despertai! de 22 de março de 1971 p. 27, 28.
*Imagens: Google
Você gosta de banana? Gosta de comer ela acompanhada? De quê?
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segunda-feira, 12 de março de 2012
Entenda o que é Esquizofrenia, como é o tratamento e como conviver com essa doença
É muito difícil ou até impossível responder a essa pergunta. Seria melhor perguntarmos: “como acontece?”.
No contexto em que as pessoas com esquizofrenia estão inseridas, entendemos que há quatro visões distintas: a da pessoa que tem esquizofrenia, a de seus familiares, a dos profissionais e a da comunidade onde se vive. É importante frisar que cada uma delas é correta com base no próprio ponto de vista.
A esquizofrenia é uma doença que se caracteriza pela dificuldade que a pessoa apresenta de diferenciar a realidade e suas crenças e percepções muito incomuns. A esquizofrenia é uma doença que altera o funcionamento do cérebro e, portanto, o tratamento com remédios é fundamental. Os sintomas causam muitas dificuldades para a pessoa e para os familiares. Neste tópico apresentaremos os principais sintomas de maneira que possam ser compreendidos.
As percepções dos cinco sentidos também ficam modificadas, a pessoa passa a ter percepções sem que haja o estímulo externo. Por exemplo, ouvir vozes que comentam o seu comportamento ou dão ordens, e não há ninguém falando. Também pode sentir cheiros e gosto diferentes em alimentos saudáveis; pode ter visões sem os objetos reais; e pode ter formigamento e outras sensações no corpo. Estas percepções recebem o nome de alucinações.
Os pensamentos podem ficar confusos. A pessoa pode ter a sensação que seus pensamentos podem ser lidos por outras pessoas; pode ter a sensação que seus pensamentos foram roubados ou que podem ser controlados; e ainda que pensamentos estranhos foram colocados em sua cabeça. Esta confusão dos pensamentos se expressa na forma como a pessoa se comunica, para as outras pessoas parece que ela fala coisas sem sentido ou em alguns casos o que diz parece uma salada de palavras. Os médicos chamam estas vivências de alterações do pensamento.
A pessoa passa a ter uma perda da vontade para realizar suas atividades. Em parte por uma perda do prazer em realizá-las e em parte por dificuldades novas, que antes não tinha, como por exemplo, dificuldades de memória e organizar-se para realizar tarefas com começo, meio e fim. Isto pode acontecer com as atividades mais corriqueiras. Estas dificuldades são chamadas de perda da vontade e déficits cognitivos.
Há uma dificuldade em expressar os sentimentos e emoções, passando a impressão de que perdeu estas capacidades. Na realidade a pessoa tem sentimentos e emoções e é angustiante para ela não conseguir demonstrá-las. É como se a pessoa estivesse alheia ao que se passa à sua volta e a vida fosse um filme monótono em branco e preto. Estas dificuldades são chamadas de alterações do afeto.
É preciso lembrar que os sintomas acontecem ao mesmo tempo, mudando o comportamento da pessoa o que confunde muito a família e os amigos.
Também é importante saber que a esquizofrenia acontece através de crises agudas e períodos de remissão. As crises agudas se bem tratadas podem ser controladas em torno de um mês. Os períodos de remissão se bem tratados podem durar anos, durante os quais a pessoa tem a possibilidade de redesenhar o seu caminho de vida. A esquizofrenia é um transtorno mental crônico, isto é, precisa de tratamento por tempo indeterminado. Geralmente as crises ocorrem porque a pessoa abandona os tratamentos, por isso seguir os tratamentos é fundamental.
QUAIS SÃO AS PESSOAS ATINGIDAS?
A esquizofrenia tem início na adolescência e começo da vida adulta (15 a 25 anos). Embora a freqüência seja igual entre os sexos, pode começar mais tardiamente nas mulheres. Raramente os sintomas aparecem antes dos 12 anos de idade ou depois dos 40. A esquizofrenia é uma doença relativamente comum. Afeta em torno de 1% da população mundial.
O QUE CAUSA A ESQUIZOFRENIA?
Ainda não se conhecem as causas exatas da esquizofrenia. Sabe-se que a hereditariedade é um fator importante, pois pessoas que têm um familiar com esquizofrenia têm maior chance de desenvolver a doença, mas ainda não se conhecem os genes envolvidos. Em gêmeos idênticos, se um dos irmãos tem a doença, em 50% dos casos o outro irmão também a terá. Isto mostra a importância dos fatores genéticos, mas também que apenas a carga genética não é suficiente para a manifestação da doença.
Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia é resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Certas pessoas nascem com essa tendência, mas o problema só aparece se forem expostas a determinados fatores ambientais. Não existe um consenso sobre quais seriam os fatores ambientais envolvidos, mas estudos sugerem que infecções durante a gravidez e complicações no parto podem contribuir para que uma criança nasça com uma vulnerabilidade para a esquizofrenia e venha a desenvolver a doença mais futuramente.
Em décadas passadas foi dada uma importância muito grande a teorias que sugeriram ser a esquizofrenia resultante de relações familiares (mais especificamente mãe-filho) doentias. Estas teorias nunca foram comprovadas, mas contribuíram para estigmatizar as famílias e influenciaram negativamente as relações entre profissionais e familiares gerando barreiras de comunicação e impedindo a criação de estratégias de colaboração no contexto de tratamento.
COMO SE MANIFESTA A ESQUIZOFRENIA?
Os sintomas são variados e podem aparecer subitamente, mas comumente a doença leva meses ou anos para se manifestar. Inicialmente os sintomas podem não ser evidentes e muitas vezes são confundidos com oscilações próprias da adolescência ou com outras doenças psiquiátricas como, por exemplo, depressão.
Os indivíduos começam a perceber que há algo estranho, mas muitas vezes são incapazes de contar para seus familiares.
Alguns sintomas podem ser:
* Aumento da tensão,
* Dificuldade de concentração
* Dificuldade para dormir
* Tendência a isolar-se das pessoas -- não conseguir mais ficar com os amigos e parar de estudar ou trabalhar.
Com a progressão da doença, aparecem os sintomas mais característicos. Estes são usualmente denominados sintomas agudos ou psicóticos e envolvem alterações específicas do pensamento, da percepção sensorial e do comportamento.
Com a progressão da doença, aparecem os sintomas mais característicos. Estes são usualmente denominados sintomas agudos ou psicóticos e envolvem alterações específicas do pensamento, da percepção sensorial e do comportamento.
SINTOMAS COMUNS DA ESQUIZOFRENIA
Transtornos do Pensamento
Delírios - São crenças não verdadeiras, mesmo tendo provas e evidências contrárias. A pessoa pode sentir que seus pensamentos são influenciados, controlados, inseridos ou transmitidos para fora da cabeça. Os eventos normais do dia-a-dia passam a ter significado diferente. Pessoas com delírios podem acreditar que estão sendo perseguidas ou que têm dotes ou poderes especiais. Os delírios podem ser fantásticos ou bizarros, como por exemplo, acreditar ser capaz de controlar o tempo ou se comunicar com extraterrestres.
Alucinações - A pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não estão realmente ali. As alucinações podem ser auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas ou uma combinação de todas.
Delírios - São crenças não verdadeiras, mesmo tendo provas e evidências contrárias. A pessoa pode sentir que seus pensamentos são influenciados, controlados, inseridos ou transmitidos para fora da cabeça. Os eventos normais do dia-a-dia passam a ter significado diferente. Pessoas com delírios podem acreditar que estão sendo perseguidas ou que têm dotes ou poderes especiais. Os delírios podem ser fantásticos ou bizarros, como por exemplo, acreditar ser capaz de controlar o tempo ou se comunicar com extraterrestres.
Alucinações - A pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não estão realmente ali. As alucinações podem ser auditivas, visuais, táteis, olfativas, gustativas ou uma combinação de todas.
o Auditivas - são as mais comuns em esquizofrenia e podem ocorrer na forma de barulho, músicas ou vozes. Estas vozes podem ser sussurradas, ou claras e distintas, podem falar entre si ou ser uma única voz. Podem comentar o comportamento da pessoa e às vezes podem dar ordens.
o Visuais - podem ser simples ou complexas, podendo envolver fachos de luz, pessoas ou coisas.
o Olfativas e gustativas - ocorrem em geral juntas, como cheiros ou gostos ruins, em coisas que a pessoa antes achava ser boas, por exemplo, uma pessoa que costumava gostar de beber café, agora não bebe mais, porque sente o café com gosto e cheiro ruins.
o Táteis – a pessoa tem a sensação de ser tocado ou picado, ou ainda sensações elétricas como se insetos estivessem rastejando sobre a pele, ou picando a pessoa.
Distúrbios formais do pensamento
Os pensamentos saltam de um tópico a outro, às vezes sem conexão aparente. A pessoa pode criar palavras novas, substituir palavras por sons, rimas e repetir sílabas. Podem ocorrer interrupções na seqüência de pensamentos (bloqueios de pensamento). Quando o pensamento fica muito desorganizado ou fragmentado a fala torna-se incoerente e incompreensível.
Alterações no comportamento
Alterações no comportamento
Apresentam-se como diminuição de iniciativa, transtornos motores e alterações no comportamento social. A pessoa pode ficar parada por um longo período de tempo ou engajar numa atividade repetitiva e aparentemente sem finalidade, como por exemplo, ficar estalando os dedos ou batendo palmas. Os extremos podem incluir o estupor catatônico - situação na qual o paciente fica imóvel por um período longo, ou o excitamento catatônico, onde o indivíduo apresenta atividade motora incontrolável e sem objetivo. Outras alterações motoras são estereotipias (movimentos repetidos sem objetivo aparente) e maneirismos (atividades normais, mas fora de contexto).
Geralmente a deterioração do comportamento social ocorre junto com o isolamento social. Algumas pessoas com esquizofrenia comportam-se de forma estranha ou transgridem regras sociais (por exemplo, tiram a roupa em público). Podem fazer gestos estranhos, expressões faciais impróprias ou caretas e assumir posturas estranhas sem qualquer objetivo aparente. Podem ser encontradas nas ruas marchando, falando alto e gesticulando. Os indivíduos podem negligenciar seus cuidados pessoais, vestir roupas sujas ou inapropriadas, e descuidar de seus pertences. Esse descuido com a higiene pessoal e comportamentos excêntricos podem dificultar ainda mais a aproximação de familiares, amigos e estranhos. Os esquizofrênicos sentem que as pessoas não gostam deles, e ao terem essas mudanças comportamentais, as pessoas em volta muitas vezes se afastam, daí, na mente do esquizofrênico, fica confirmado que ninguém gosta dele.
Geralmente a deterioração do comportamento social ocorre junto com o isolamento social. Algumas pessoas com esquizofrenia comportam-se de forma estranha ou transgridem regras sociais (por exemplo, tiram a roupa em público). Podem fazer gestos estranhos, expressões faciais impróprias ou caretas e assumir posturas estranhas sem qualquer objetivo aparente. Podem ser encontradas nas ruas marchando, falando alto e gesticulando. Os indivíduos podem negligenciar seus cuidados pessoais, vestir roupas sujas ou inapropriadas, e descuidar de seus pertences. Esse descuido com a higiene pessoal e comportamentos excêntricos podem dificultar ainda mais a aproximação de familiares, amigos e estranhos. Os esquizofrênicos sentem que as pessoas não gostam deles, e ao terem essas mudanças comportamentais, as pessoas em volta muitas vezes se afastam, daí, na mente do esquizofrênico, fica confirmado que ninguém gosta dele.
A diminuição da resposta emocional já foi considerada um sintoma característico da esquizofrenia. Em casos mais graves, os indivíduos tornam-se indiferentes ou apáticos, evitam o contato com olhar, não modulam a voz. A expressão facial, os movimentos espontâneos e os gestos expressivos podem diminuir. Perdem a capacidade de sentir prazer e podem descrever-se como vazios de emoção.
Falta de interesse e de iniciativa
A esquizofrenia pode reduzir a motivação de tal forma que os portadores tornam-se menos capazes de trabalhar ou participar de atividades livres. Podem perder o interesse por atividades diárias e em casos extremos, são incapazes de cuidar de sua higiene pessoal ou de se alimentar. Indecisão, negativismo, e passividade podem aparecer misturadas com impulsos súbitos.
Reações dos Portadores aos Sintomas
A pessoa com esquizofrenia altera seu entendimento do mundo na tentativa de explicar o que está vivendo. Como as experiências são incomuns, as explicações freqüentemente também são estranhas. É difícil explicar para alguém o fenômeno de ouvir vozes, a sensação de estar vazio ou de ser inexistente.
As pessoas que já apresentavam dificuldades de relacionamento antes da doença ficam mais isoladas e muitas vezes envolvidas em suas fantasias. Podem imaginar que outras pessoas tentam prejudicá-las, que não estão interessadas nelas ou querem criticá-las.
A experiência de estar "louco" é uma das mais dolorosas e solitárias. Quando os pensamentos tornam-se desorganizados, as decisões estão bloqueadas e emoções estranhas e inesperadas afloram. A pessoa afligida por essas vivências costuma sentir que a mente está preparando armadilhas.
A experiência de perda de controle da própria mente é assustadora e faz com que a pessoa mude o conceito a respeito de sua própria mente e passe a duvidar de seu pensamento, de suas sensações ou a temer o próprio comportamento, mesmo quando tudo volta ao normal durante o tratamento. Uma pessoa que tenha tido alucinações auditivas, por exemplo, poderá, temporariamente ou permanentemente, não ser capaz de reagir normalmente aos sons estranhos e ocasionais que podem ser ouvidos em locais e horas não esperados, mesmo que tenha consciência de que aquelas vozes que escutou são sintomas de uma doença e podem ser controladas.
COMO SE DIAGNOSTICA A ESQUIZOFRENIA?
Não existe um exame laboratorial que seja capaz de identificar a esquizofrenia. O diagnóstico permanece inteiramente dependente do julgamento clínico médico, através de uma entrevista psiquiátrica cuidadosa com o paciente e seus familiares. Como não existem sintomas específicos da esquizofrenia, os médicos se baseiam em critérios diagnósticos para estabelecer o diagnóstico. No Brasil, utilizamos principalmente os critérios estabelecidos pela CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial da Saúde.
O diagnóstico da esquizofrenia pode levar algum tempo para ser efetuado. É preciso que o médico seja cuidadoso e certifique-se de que não se trata de alguma outra doença. Outras causas possíveis para os sintomas apresentados devem ser investigadas.
QUAL É O TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA?
O tratamento da esquizofrenia deve envolver vários profissionais trabalhando em equipe.
É muito importante assegurar que o paciente faça o tratamento. Muitos pacientes abandonam o tratamento devido às idéias de perseguição, à falta de consciência sobre a doença e ao desconforto com os efeitos colaterais das medicações. Outro fator que contribui para o abandono do tratamento é a desesperança, a vergonha e o preconceito decorrentes do estigma associado à doença.
É muito importante assegurar que o paciente faça o tratamento. Muitos pacientes abandonam o tratamento devido às idéias de perseguição, à falta de consciência sobre a doença e ao desconforto com os efeitos colaterais das medicações. Outro fator que contribui para o abandono do tratamento é a desesperança, a vergonha e o preconceito decorrentes do estigma associado à doença.
Tratamento Medicamentoso
A medicação é o alicerce principal do tratamento da esquizofrenia. Ela tanto controla a crise como ajuda a prevenir recaídas. A medicação prescrita atua nos sintomas, por isso os medicamentos mais importantes para o tratamento da esquizofrenia são os antipsicóticos (antes chamados de neurolépticos).
Os antipsicóticos "típicos", ou de primeira geração, são medicações desenvolvidas entre 1955 e 1980. Eles atuam principalmente sobre os chamados "sintomas positivos" (alucinações e delírios). Os antipsicóticos de primeira geração mais comuns são: Haloperidol (Haldol), Tioridazina (Melleril), Trifluoperazina (Stellazine) e Pimozida (Orap).
Antipsicóticos Atípicos ou de segunda geração
Antipsicóticos Atípicos ou de segunda geração
São os medicamentos desenvolvidos após 1990. É um grupo heterogêneo de drogas antipsicóticas que produzem pouco ou nenhum efeito colateral. Parece que também atuam nos sintomas negativos, melhorando a socialização e a afetividade. Isto ocorre porque eles são mais seletivos - agem na parte do cérebro que causa os sintomas psicóticos e não na parte que controla os movimentos musculares normais. Clozapina (Leponex), Risperidona (Risperdal), Olanzapina (Zyprexa), Quetiapina (Seroquel) e Ziprasidona (Geodon) são os antipsicóticos atípicos atualmente em uso no Brasil.
O tratamento medicamentoso da esquizofrenia tem duas fases importantes e distintas: aguda e manutenção ou profilática.
O tratamento medicamentoso da esquizofrenia tem duas fases importantes e distintas: aguda e manutenção ou profilática.
Aguda
Envolve a tentativa de aliviar os delírios, alucinações, alterações formais do pensamento e do comportamento. Após a remissão dos sintomas, diminui-se a dose e avalia-se a necessidade de tratamento de longo prazo com antipsicóticos.
Se a medicação for suspensa, o médico deve estar atento a algum sinal de recaída e, em caso de nova crise psicótica, a medicação deve ser introduzida por tempo indefinido.
Manutenção
Se a medicação for suspensa, o médico deve estar atento a algum sinal de recaída e, em caso de nova crise psicótica, a medicação deve ser introduzida por tempo indefinido.
Manutenção
A maioria das pessoas com esquizofrenia necessitará de cuidados médicos e medicação pelo resto de suas vidas. As medicações antipsicóticas não curam a esquizofrenia, somente controlam os sintomas da doença. Ou seja, se o paciente deixar de tomar a medicação pode sofrer uma recaída.
Algumas pessoas, mesmo tomando a medicação regularmente, podem ter uma recaída dos sintomas psicóticos. É muito importante que elas possam reconhecer que estes estão voltando, e procurar ajuda imediatamente. Antes do aparecimento de sintomas como delírios ou alucinações, é comum aparecerem sintomas menos específicos como irritabilidade, insônia e depressão. Os familiares devem estar atentos a mudanças sutis que possam ocorrer com seu familiar doente, pois a intervenção médica precoce pode impedir a recaída.
Algumas pessoas, mesmo tomando a medicação regularmente, podem ter uma recaída dos sintomas psicóticos. É muito importante que elas possam reconhecer que estes estão voltando, e procurar ajuda imediatamente. Antes do aparecimento de sintomas como delírios ou alucinações, é comum aparecerem sintomas menos específicos como irritabilidade, insônia e depressão. Os familiares devem estar atentos a mudanças sutis que possam ocorrer com seu familiar doente, pois a intervenção médica precoce pode impedir a recaída.
Enquanto esta necessidade de tratamento por longo tempo é bem reconhecida pelo médico, isto freqüentemente não é bem aceito pelo paciente. Por essa razão, eles podem ser inconstantes em relação à medicação. Interrompem porque se sentem bem e não vêem motivo para continuar tomando o remédio, já que não se sentem doentes. Muitas vezes também interrompem a medicação porque os efeitos colaterais são muito desagradáveis.
Em alguns casos, a introdução dos antipsicóticos de ação prolongada, de uso injetável, é uma alternativa para possibilitar maior adesão dessas pessoas ao tratamento.
Hospitalização
Em alguns casos, a introdução dos antipsicóticos de ação prolongada, de uso injetável, é uma alternativa para possibilitar maior adesão dessas pessoas ao tratamento.
Hospitalização
Uma pessoa não deve ser necessariamente hospitalizada porque tem esquizofrenia. Ela pode e deve ser tratada em outros locais tais como hospitais-dia, ambulatórios e consultórios particulares. A evolução da doença pode ser melhor se as perdas e a desarticulação social, que resultam da internação, forem evitadas.
Acompanhamento
Acompanhamento
A possibilidade de tratar os portadores na comunidade fez com que os familiares se tornassem os principais envolvidos em seu cuidado. Embora a internação seja hoje uma opção de tratamento menos freqüente e, quando necessária, mais breve, os programas e serviços de tratamento na comunidade são ainda bastante inadequados ou insuficientes. Com isso, muitos portadores recebem apenas o tratamento médico, ficando para a família a tarefa de encontrar maneiras de ajudar na sua recuperação. Muitos não atingem uma melhor adaptação por falta de acesso aos tratamentos psicossociais.
Os tratamentos psicossociais são importantes por duas razões principais: Primeiro, porque as medicações têm um impacto limitado na recuperação do funcionamento social; e segundo, porque uma vez estabilizado, o portador provavelmente precisará de ajuda para lidar com as mudanças na sua vida. De maneira geral, os portadores precisam de ajuda para voltar a estudar ou trabalhar, para organizar atividades da vida diária, e às vezes até para seu autocuidado.
O QUE SÃO TRATAMENTOS PSICOSSOCIAIS?
Os tratamentos psicossociais são vários tipos de intervenções destinadas a melhorar a qualidade de vida dos portadores e de seus familiares, através de intervenções terapêuticas e de apoio que visam a recuperação do funcionamento social.
As intervenções psicossociais devem oferecer informação, apoio e terapia através de vários tipos de serviços e técnicas, tais como: Psicoterapia individual ou em grupo, terapia ocupacional, grupos de convivência, suporte vocacional, programas de trabalho e moradia assistidos, intervenções familiares. Assim como a medicação, o tipo de tratamento psicossocial deve ser indicado de acordo com as necessidades do indivíduo. Esta necessidade depende da fase da doença, do paciente, de sua condição familiar e de sua moradia.
QUAL A PERSPECTIVA A LONGO PRAZO?
O curso e a evolução da doença não são estabelecidos no início da doença. Na avaliação do prognóstico considera-se a presença de fatores que possam facilitar ou impedir a recuperação do indivíduo.
Os fatores mais citados como influentes nos cursos e evolução da esquizofrenia são: Fatores genéticos e orgânicos, eventos que ocorrem na infância e adolescência, desenvolvimento e funcionamento psicossocial pré-mórbido (antes da doença), classe social e fatores sócio-culturais, estado civil, tipo e idade de início da doença, fator precipitante, sintomatologia, tratamento e ambiente familiar.
O sexo feminino parece estar associado ao melhor prognóstico na esquizofrenia. As mulheres necessitam de doses menores de medicação antipsicótica, são menos hospitalizadas, passam menos tempo internadas, têm menos recaídas e um melhor funcionamento social.
No curso da doença é freqüente a pessoa apresentar depressão e isto se torna preocupante quando não está na fase aguda da psicose e pode pensar com clareza e compreender melhor o que está acontecendo. O risco de suicídio aumenta muito neste período e é uma causa de morte importante na esquizofrenia. Aproximadamente 18% a 55% dos portadores de esquizofrenia tentam o suicídio, e 4% a 10% efetivamente se suicidam.
ENVOLVENDO A FAMÍLIA, AMIGOS E SOCIEDADE NO TRATAMENTO
Familiares e amigos são a principal rede de apoio de portadores com esquizofrenia. Em geral, são os primeiros a notar que algo está errado com a pessoa doente. A família e amigos dos indivíduos com esquizofrenia têm que se adaptar e lidar com o parente doente no dia-a-dia, desenvolvendo estratégias para cada situação diferente. Não existe um padrão de conduta a ser adotado e nem um modo "normal" de reagir. Cada família desenvolve individualmente maneiras de funcionar com a doença e cada indivíduo da família se adaptará diferentemente.
Os familiares também necessitam de ajuda e suporte para si mesmos. A tarefa de cuidar e viver com alguém com esquizofrenia não é fácil e pode ser muito desgastante. Conhecer ou conversar com pessoas que também estejam passando por situações semelhantes reduz o isolamento, possibilita troca de experiências e, conseqüentemente, proporciona maior apoio e conforto.
Os familiares também necessitam de ajuda e suporte para si mesmos. A tarefa de cuidar e viver com alguém com esquizofrenia não é fácil e pode ser muito desgastante. Conhecer ou conversar com pessoas que também estejam passando por situações semelhantes reduz o isolamento, possibilita troca de experiências e, conseqüentemente, proporciona maior apoio e conforto.
*Adaptação de texto da Associação Brasileira de Familiares Amigos e Portadores de Esquizofrenia.
*As imagens ilustram o que uma pessoa esquizofrenica sente... E não adianta falar o contrário, a pessoa esquizofrênica está vendo, ouvindo e sentindo coisas como as que vemos nas imagens. Para entender melhor a esquizofrenia, sugiro que assista ao filme “Uma mente brilhante”, que descreve vividamente a doença.
Ainda bem que está muito próximo o dia em que Jeová Deus cumprirá o que diz a Bíblia em: Isaías capítulo 33, versículo 24: "E ninguém dirá: estou doente." A Esquizofrenia e todas as outras doenças deixaram de existir.
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quinta-feira, 8 de março de 2012
Como lidar com a disfemia ou gagueira?
“Quando gaguejo, fico nervoso e daí gaguejo ainda mais. É como se eu estivesse num poço e não conseguisse sair. Certa vez, procurei uma psicóloga. Ela disse que eu precisava arrumar uma namorada para fazer sexo, pois isso aumentaria minha autoestima. Nem é preciso dizer que não voltei mais lá. Eu só quero que as pessoas me aceitem como eu sou.” — Rafael, 32 anos.
Imagine como seria sua vida se você empacasse nas palavras, repetindo certos sons e sílabas. A simples tarefa de pedir uma passagem de trem já seria motivo de extrema ansiedade. Essa é a realidade de cerca de 60 milhões de gagos no mundo, ou seja, 1 em cada 100 pessoas. Eles costumam ser ridicularizados e discriminados. Talvez sejam até considerados menos inteligentes porque substituem palavras difíceis por outras mais simples, que conseguem articular.
Qual é a causa da gagueira, ou disfemia? Existe cura? O que a pessoa que tem esse problema pode fazer para melhorar sua fluência? Como outros podem ajudar?
No passado, algumas pessoas acreditavam que a gagueira era causada por espíritos maus que tinham de ser exorcizados. Durante a Idade Média, a língua era considerada a culpada. O “remédio”? Ferro quente e pimenta! Séculos mais tarde, cirurgiões passaram a remover nervos e músculos da língua e até as amígdalas para curar a gagueira. Mas nenhum desses métodos agressivos alcançou seu objetivo.
Pesquisas modernas sugerem que a gagueira pode ter mais de um fator contribuinte. Um deles pode ser o modo como a pessoa reage ao estresse. Outro fator talvez seja genético, visto que 60% das pessoas que gaguejam têm parentes com esse problema. Além disso, pesquisas com uso de neuroimagens indicam que o cérebro de alguém que gagueja processa a linguagem de uma forma diferente. Alguns “talvez comecem a falar antes de o cérebro dizer como as palavras devem ser articuladas”, comentou o Dr. Nathan Lavid em seu livro Understanding Stuttering (Compreendendo a Gagueira).
Assim, a principal causa da gagueira não é necessariamente psicológica, como se acreditava. “Em outras palavras, melhorar da gagueira não depende apenas de pensamento positivo ou de incentivo psicológico de outra pessoa”, diz o livro No Miracle Cures (Não Existem Curas Milagrosas). Mas as pessoas que gaguejam podem desenvolver problemas psicológicos. Por exemplo, talvez sintam medo de certas situações, como falar em público ou ao telefone.
É interessante que, de modo geral, essas pessoas gaguejam pouco ou nada quando cantam, sussurram, falam sozinhas ou em coro, conversam com seus animais de estimação ou imitam outras pessoas. Além disso, com o tempo, 80% das crianças que gaguejam se recuperam sem tratamento. Mas que dizer dos 20% restantes?
Hoje, existem programas de terapia fonoaudiológica que podem melhorar a fluência. Algumas técnicas incluem relaxar o maxilar, os lábios e a língua, além de respirar usando o diafragma. Os pacientes também podem aprender uma técnica chamada “início suave”, que envolve fazer tomadas curtas de ar usando o diafragma e expirar pouco ar antes de começar a falar. Além disso, eles talvez sejam aconselhados a prolongar o som das vogais e de algumas consoantes. O ritmo da fala aumenta gradualmente à medida que a fluência melhora.
Desenvolver essas habilidades pode levar apenas algumas horas. Mas conseguir usar essas estratégias em situações de muito estresse pode exigir milhares de horas de prática.
Quando se deve começar esse treinamento? Será que é sábio esperar e ver se a criança supera a gagueira por si mesma? Pesquisas indicam que só 18% das crianças que gaguejam por cinco anos se recuperam por si mesmas. Por isso, o livro No Miracle Cures diz: “Aos 6 anos, é improvável que a criança se recupere sem tratamento.” Assim, “crianças que gaguejam devem ser levadas a um fonoaudiólogo o mais breve possível”, acrescenta o livro. Dos 20% das crianças que continuam a gaguejar até a vida adulta, estima-se que o tratamento funcione para 60% a 80% delas.
Segundo o fonoaudiólogo Robert Quesal, que também tem problema de gagueira, a fluência perfeita em todas as circunstâncias não é um objetivo realista para a maioria dos gagos. Rafael, já mencionado, não conseguiu superar seu problema por completo, embora sua fluência tenha melhorado. Ele diz: “Meu problema fica mais evidente quando preciso ler ou falar em público ou quando estou diante de uma moça bonita. Eu costumava ficar constrangido porque as pessoas zombavam de mim. Ultimamente, porém, tenho tentado me aceitar como sou e rir de mim mesmo. Então, quando uma palavra me faz gaguejar, talvez eu dê risada, mas depois tento relaxar e continuar.”
Os comentários de Rafael estão de acordo com o que diz a Fundação Americana da Gagueira: “Superar a gagueira geralmente é mais uma questão de perder o medo de gaguejar do que de se esforçar muito [para parar de gaguejar].”
Muitos que lutam com a gagueira não foram privados de uma vida significativa. Algumas pessoas famosas, como o físico Sir Isaac Newton, o estadista britânico Winston Churchill e o ator americano James Stewart eram gagas. Outras desenvolveram habilidades não verbais, como tocar um instrumento musical, pintar ou aprender língua de sinais. Quem não tem esse problema deve valorizar o grande esforço feito pelos que gaguejam. Então, é importante dar a eles todo incentivo e apoio possível.
Observações:
* Mais de 80% dos gagos são homens.
* As teorias atuais sobre as causas da gagueira e os tratamentos apropriados, embora tenham elementos em comum, nem sempre concordam entre si. Despertai! não recomenda nenhum conceito ou tratamento específico.
* Em alguns casos, os médicos recomendam aparelhos para gagueira que atrasam o retorno auditivo, ou medicamentos para reduzir a ansiedade relacionada com a fala.
● Em vez de pedir ao gago que fale mais devagar, dê o exemplo. Ouça com paciência. Não o interrompa. Não termine as frases para ele. Espere um pouco antes de responder.
● Evite criticar e corrigir. Por meio de contato visual, expressões faciais, linguagem corporal e comentários, mostre interesse no que ele diz, não em como ele diz.
● A gagueira não deve ser tratada como tabu. Um sorriso amigável e referências ocasionais e bondosas ao problema podem deixar o gago mais à vontade. Talvez você possa dizer algo como: “Às vezes, não é fácil dizer o que queremos.”
● Acima de tudo, deixe claro que você o aceita como ele é.
Víctor, que gaguejou por vários anos durante um período de grande tensão familiar, conseguiu superar sem tratamento seu problema de fala. Por ser Testemunha de Jeová, ele se matriculou na Escola do Ministério Teocrático, que é realizada semanalmente em todas as congregações das Testemunhas de Jeová. Embora essa escola não tenha por objetivo dar tratamento fonoaudiológico, ela ajuda os alunos a melhorar suas habilidades de oratória e a ganhar confiança.
O manual usado chama-se Beneficie-se da Escola do Ministério Teocrático. No quadro “Como Lidar com a Gagueira”, o livro diz: “É importante não desistir. . . . Quando tiver de dar um discurso, prepare-se bem. Concentre-se na matéria . . . Se começar a gaguejar, esforce-se para manter a calma e controlar a voz. Relaxe a musculatura do maxilar. Use frases curtas e diminua ao máximo o uso de interjeições, como ‘é . . . ’ e ‘hum’.”
Será que a escola ajudou Víctor? Ele recorda: “Eu me concentrava tanto no que ia dizer — e não em como ia dizer — que esquecia o meu problema. Também ensaiava muito. Aos poucos passei a gaguejar menos.”
Imagine como seria sua vida se você empacasse nas palavras, repetindo certos sons e sílabas. A simples tarefa de pedir uma passagem de trem já seria motivo de extrema ansiedade. Essa é a realidade de cerca de 60 milhões de gagos no mundo, ou seja, 1 em cada 100 pessoas. Eles costumam ser ridicularizados e discriminados. Talvez sejam até considerados menos inteligentes porque substituem palavras difíceis por outras mais simples, que conseguem articular.
Qual é a causa da gagueira, ou disfemia? Existe cura? O que a pessoa que tem esse problema pode fazer para melhorar sua fluência? Como outros podem ajudar?
Quais são as causas?
No passado, algumas pessoas acreditavam que a gagueira era causada por espíritos maus que tinham de ser exorcizados. Durante a Idade Média, a língua era considerada a culpada. O “remédio”? Ferro quente e pimenta! Séculos mais tarde, cirurgiões passaram a remover nervos e músculos da língua e até as amígdalas para curar a gagueira. Mas nenhum desses métodos agressivos alcançou seu objetivo.
Pesquisas modernas sugerem que a gagueira pode ter mais de um fator contribuinte. Um deles pode ser o modo como a pessoa reage ao estresse. Outro fator talvez seja genético, visto que 60% das pessoas que gaguejam têm parentes com esse problema. Além disso, pesquisas com uso de neuroimagens indicam que o cérebro de alguém que gagueja processa a linguagem de uma forma diferente. Alguns “talvez comecem a falar antes de o cérebro dizer como as palavras devem ser articuladas”, comentou o Dr. Nathan Lavid em seu livro Understanding Stuttering (Compreendendo a Gagueira).
Assim, a principal causa da gagueira não é necessariamente psicológica, como se acreditava. “Em outras palavras, melhorar da gagueira não depende apenas de pensamento positivo ou de incentivo psicológico de outra pessoa”, diz o livro No Miracle Cures (Não Existem Curas Milagrosas). Mas as pessoas que gaguejam podem desenvolver problemas psicológicos. Por exemplo, talvez sintam medo de certas situações, como falar em público ou ao telefone.
Ajuda para os que gaguejam
Hoje, existem programas de terapia fonoaudiológica que podem melhorar a fluência. Algumas técnicas incluem relaxar o maxilar, os lábios e a língua, além de respirar usando o diafragma. Os pacientes também podem aprender uma técnica chamada “início suave”, que envolve fazer tomadas curtas de ar usando o diafragma e expirar pouco ar antes de começar a falar. Além disso, eles talvez sejam aconselhados a prolongar o som das vogais e de algumas consoantes. O ritmo da fala aumenta gradualmente à medida que a fluência melhora.
Desenvolver essas habilidades pode levar apenas algumas horas. Mas conseguir usar essas estratégias em situações de muito estresse pode exigir milhares de horas de prática.
Quando se deve começar esse treinamento? Será que é sábio esperar e ver se a criança supera a gagueira por si mesma? Pesquisas indicam que só 18% das crianças que gaguejam por cinco anos se recuperam por si mesmas. Por isso, o livro No Miracle Cures diz: “Aos 6 anos, é improvável que a criança se recupere sem tratamento.” Assim, “crianças que gaguejam devem ser levadas a um fonoaudiólogo o mais breve possível”, acrescenta o livro. Dos 20% das crianças que continuam a gaguejar até a vida adulta, estima-se que o tratamento funcione para 60% a 80% delas.
Seja realista
Segundo o fonoaudiólogo Robert Quesal, que também tem problema de gagueira, a fluência perfeita em todas as circunstâncias não é um objetivo realista para a maioria dos gagos. Rafael, já mencionado, não conseguiu superar seu problema por completo, embora sua fluência tenha melhorado. Ele diz: “Meu problema fica mais evidente quando preciso ler ou falar em público ou quando estou diante de uma moça bonita. Eu costumava ficar constrangido porque as pessoas zombavam de mim. Ultimamente, porém, tenho tentado me aceitar como sou e rir de mim mesmo. Então, quando uma palavra me faz gaguejar, talvez eu dê risada, mas depois tento relaxar e continuar.”
Os comentários de Rafael estão de acordo com o que diz a Fundação Americana da Gagueira: “Superar a gagueira geralmente é mais uma questão de perder o medo de gaguejar do que de se esforçar muito [para parar de gaguejar].”
Muitos que lutam com a gagueira não foram privados de uma vida significativa. Algumas pessoas famosas, como o físico Sir Isaac Newton, o estadista britânico Winston Churchill e o ator americano James Stewart eram gagas. Outras desenvolveram habilidades não verbais, como tocar um instrumento musical, pintar ou aprender língua de sinais. Quem não tem esse problema deve valorizar o grande esforço feito pelos que gaguejam. Então, é importante dar a eles todo incentivo e apoio possível.
Observações:
* Mais de 80% dos gagos são homens.
* As teorias atuais sobre as causas da gagueira e os tratamentos apropriados, embora tenham elementos em comum, nem sempre concordam entre si. Despertai! não recomenda nenhum conceito ou tratamento específico.
* Em alguns casos, os médicos recomendam aparelhos para gagueira que atrasam o retorno auditivo, ou medicamentos para reduzir a ansiedade relacionada com a fala.
COMO AJUDAR ALGUÉM QUE GAGUEJA?
● Proporcione um ambiente descontraído e calmo. O atual estilo de vida corrido e tenso costuma piorar o problema.● Em vez de pedir ao gago que fale mais devagar, dê o exemplo. Ouça com paciência. Não o interrompa. Não termine as frases para ele. Espere um pouco antes de responder.
● Evite criticar e corrigir. Por meio de contato visual, expressões faciais, linguagem corporal e comentários, mostre interesse no que ele diz, não em como ele diz.
● A gagueira não deve ser tratada como tabu. Um sorriso amigável e referências ocasionais e bondosas ao problema podem deixar o gago mais à vontade. Talvez você possa dizer algo como: “Às vezes, não é fácil dizer o que queremos.”
● Acima de tudo, deixe claro que você o aceita como ele é.
“AOS POUCOS PASSEI A GAGUEJAR MENOS”
Víctor, que gaguejou por vários anos durante um período de grande tensão familiar, conseguiu superar sem tratamento seu problema de fala. Por ser Testemunha de Jeová, ele se matriculou na Escola do Ministério Teocrático, que é realizada semanalmente em todas as congregações das Testemunhas de Jeová. Embora essa escola não tenha por objetivo dar tratamento fonoaudiológico, ela ajuda os alunos a melhorar suas habilidades de oratória e a ganhar confiança.
O manual usado chama-se Beneficie-se da Escola do Ministério Teocrático. No quadro “Como Lidar com a Gagueira”, o livro diz: “É importante não desistir. . . . Quando tiver de dar um discurso, prepare-se bem. Concentre-se na matéria . . . Se começar a gaguejar, esforce-se para manter a calma e controlar a voz. Relaxe a musculatura do maxilar. Use frases curtas e diminua ao máximo o uso de interjeições, como ‘é . . . ’ e ‘hum’.”
Será que a escola ajudou Víctor? Ele recorda: “Eu me concentrava tanto no que ia dizer — e não em como ia dizer — que esquecia o meu problema. Também ensaiava muito. Aos poucos passei a gaguejar menos.”
Texto baseado na Revista Despertai! de maio de 2010 p. 12-14
Imagens meramente ilustrativas
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Animais "cabeleireiros" - Tiveram um projeto?
Vamos começar pelas humildes formigas. Estes minúsculos insetos têm pentes, escovas, sabonetes e cremes que usam com freqüência. A verdade é que as formigas dispõem de pentes finos e grossos, iguais aos humanos. Estes pentes lhes estão afixados à quarta junta de patas.
O Dr. McCook que estudou as formigas durante muitos anos, diz: “Este (o pente tibial), é um pente de verdade, que poderia ter servido de modelo para o inventor de nossos próprios pentes, sendo a principal diferença que está permanentemente afixado ao membro que o opera. Tem cabo curto, base rígida e fio com dentes regulares.” Os dentes são “pontudos no ponto livre e alargados na base, são rígidos, mas elásticos, e voltam-se para trás quando curvados, como os dentes dum pente.”
As escovas das formigas são dispositivos engenhosos e práticos. Compõem-se de pêlos ocos e macios, que segregam um lubrificante ou creme. Este lubrificante faz com que os grãos de sujeira e pó se juntem uns aos outros, tornando-se fácil removê-los.
Se penteiam sempre ao despertarem pela manhã, mas fazem isso em outros horários, toda vez que acham necessário. É interessante que as formigas ajudam-se umas às outras a se pentear, escovar e lavar, limpando partes do corpo das outras formigas que estas não possam alcançar sozinhas. Até mesmo dão massagens.
Outro exemplo é o castor. Possui um suprimento embutido de pentes e artigos de cabeleireira. A unha do segundo dedo de cada pata traseira é fendida, e o próprio dedo, sendo articulado, pode dobrar-se em qualquer direção. Assim, com este pente, o castor costuma sentar-se sobre a cauda, o que parece ajudar suas glândulas produtoras de óleo a eliminar o necessário óleo para pentear-se, e enfeita seu casaco peludo.
Entre as criaturas aladas, os morcegos de cauda livre possuem as mais úteis escovas para cabelo. Nos dedos externos dos pés há franjas de pequenas barbas curtas que sobressaem. Pouco antes de sua ponta, estas barbas se dobram em ângulo reto. Assim, seja qual for a direção em que o Senhor Morcego mova os pés, ele pode escavar até às raízes de seu cabelo. E ele leva bastante tempo para se enfeitar. Repetidas vezes costuma usar as duas escovas de cabelo de maneira alternada. Acabada esta tarefa, os pêlos das costas se acharão partidos esmeradamente no meio.
No mar há o pitu, criatura marinha semelhante ao camarão, têm barbas curtas que ficam eretas como as da escova para limpar garrafas. Ficam nas quelas dianteiras, e ele aplica com vigor estas escovas a toda parte do corpo, mesmo até à distância surpreendente debaixo da carapaça. Ficando sujas suas escovas, ele as limpa por simplesmente passá-las pelas mandíbulas.
E você? O que acha? Será que esses aparelhos de higiene e beleza surgiram por acaso, ou tiveram um projeto?
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Imagem meramente ilustrativa |
As escovas das formigas são dispositivos engenhosos e práticos. Compõem-se de pêlos ocos e macios, que segregam um lubrificante ou creme. Este lubrificante faz com que os grãos de sujeira e pó se juntem uns aos outros, tornando-se fácil removê-los.
Se penteiam sempre ao despertarem pela manhã, mas fazem isso em outros horários, toda vez que acham necessário. É interessante que as formigas ajudam-se umas às outras a se pentear, escovar e lavar, limpando partes do corpo das outras formigas que estas não possam alcançar sozinhas. Até mesmo dão massagens.
Márcio Cabral de Moura |
Entre as criaturas aladas, os morcegos de cauda livre possuem as mais úteis escovas para cabelo. Nos dedos externos dos pés há franjas de pequenas barbas curtas que sobressaem. Pouco antes de sua ponta, estas barbas se dobram em ângulo reto. Assim, seja qual for a direção em que o Senhor Morcego mova os pés, ele pode escavar até às raízes de seu cabelo. E ele leva bastante tempo para se enfeitar. Repetidas vezes costuma usar as duas escovas de cabelo de maneira alternada. Acabada esta tarefa, os pêlos das costas se acharão partidos esmeradamente no meio.
No mar há o pitu, criatura marinha semelhante ao camarão, têm barbas curtas que ficam eretas como as da escova para limpar garrafas. Ficam nas quelas dianteiras, e ele aplica com vigor estas escovas a toda parte do corpo, mesmo até à distância surpreendente debaixo da carapaça. Ficando sujas suas escovas, ele as limpa por simplesmente passá-las pelas mandíbulas.
E você? O que acha? Será que esses aparelhos de higiene e beleza surgiram por acaso, ou tiveram um projeto?